5 HQs para conhecer Marcelo d`Salete, brasileiro vencedor do prêmio Eisner
"Cumbe", que trata da escravidão no Brasil, ganhou uma das categorias do Oscar dos quadrinhos. Veja esse e outros quatro trabalhos do artista
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Na última sexta (20), durante a San Diego Comic-Con, nos EUA, o paulistano Marcelo d`Salete venceu uma das categorias do Eisner, considerada a maior premiação do universo dos quadrinhos. A graphic novel “Cumbe“, lançada originalmente em 2014, ganhou como melhor edição americana de material estrangeiro.
Ao todo, Salete já publicou cinco histórias, abordando temas como violência urbana, discriminação e os problemas enfrentados pelos jovens negros. Abaixo, você confere um pouco mais sobre cada uma delas.
Noite Luz (Via Lettera, 2008)
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A primeira HQ solo de Salete, que antes havia colaborado em algumas coletâneas, reúne seis histórias ambientadas em uma cidade grande, mais especificamente, em um bairro de classe baixa onde fica a boate “Noite Luz”. É nesse cenário que os personagens irão se cruzar ao longo do livro, que trata de problemas cotidianos como desemprego, amor, medo e decisões difíceis.
Risco (Cachalote, 2014)
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Um garoto da periferia que tenta ganhar a vida como guardador de carros acaba se envolvendo em uma briga. Desigualdade social e abuso de poder são alguns dos temas presentes nesta pequena HQ, de apenas 40 páginas, lançada como parte da coleção Franca, da editora Cachalote.
Cumbe (Veneta, 2014)
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A premiada graphic novel aborda a escravidão no Brasil colonial. Protagonizada por escravos, os quatro contos narram a luta contra a violência sofrida pelos negros e a busca pela liberdade.
“Cumbe” recebeu ótimos elogios da crítica à época do seu lançamento, e o sucesso a levou para outros países. Nos EUA, ela foi publicada este ano pela editora Fantagraphics, com o título “Run for it – Stories of Slaves Who Fought for the Freedom”.
Encruzilhada (Veneta, 2016)
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Nesta HQ, Salete conta cinco histórias que se passam em um cenário urbano. Dramas comuns, que afligem milhares de pessoas todos os dias, envolvendo desde problemas financeiros e desigualdade à discriminação, racismo e violência. A obra segue o estilo característico do artista: poucos diálogos e cenas recheadas de detalhes subjetivos.
Angola Janga (Veneta, 2017)
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Foram necessários 11 anos de estudo sobre a escravidão e o período colonial brasileiro para criar esse livro, que conta em mais de 400 páginas a história do Quilombo dos Palmares. Indo além do líder Zumbi, Salete aborda outros personagens, eventos e cenários notáveis, tornando a narrativa ainda mais rica. Angola Janga (ou pequena Angola), é como os próprios moradores de Palmares se referiam ao local.