6 crimes brutais cometidos por seitas ou rituais ocultistas
Confira seis casos perturbadores de gente que matou, estuprou e até cometeu um atentado terrorista em nome de seitas ocultistas
UM CASAMENTO DOS DIABOS
Após assassinar um colega, um casal satanista da Alemanha demonstrou satisfação pelo crime, que segundo eles foi um pedido do diabo
Padrinho especial
“Vampiro da escuridão procura princesa das trevas que odeie tudo e todos.” Foi com esse amável anúncio, publicado em uma revista alemã sobre música, que o casal Daniel e Manuela Ruda se conheceu. Após um tempo de namoro, o casamento chegou em um belo sexto dia, do sexto mês. Tudo para simbolizar o número da besta, 666. Essa união das trevas não poderia ter outro padrinho: o diabo. Como presente, o casal disse que recebeu ordens do próprio satanás para matar.
Um brinde com sangue
No dia 6 de julho de 2001, o casal convidou Frank Haagen, colega de trabalho de Daniel, para seu apartamento na cidade de Witten. O convidado não sabia, mas seria assassinado brutalmente naquele encontro. Frank foi golpeado repetidamente com um martelo e esfaqueado 66 vezes. Depois de matarem, Daniel e Manuela esculpiram um pentagrama no peito do homem, beberam o sangue dele numa tigela e “celebraram” o feito transando em um caixão.
As provas do crime
O insano casal foi preso uma semana depois de cometer o crime. E nem precisaram confessar o assassinato: a polícia encontrou o corpo mutilado de Frank já em estado de decomposição na própria casa dos Ruda, junto a um conjunto de facas, machados e mensagens satânicas que cobriam as paredes da sala. Os dois haviam comprado uma serra elétrica: eles não queriam estar de mãos vazias caso satanás voltasse a “convocá-los”.
Demônios em tratamento
Levados a julgamento, Daniel e Manuela foram considerados mentalmente incapazes e condenados a passar 15 e 13 anos, respectivamente, em um centro de detenção psiquiátrico. O casal não demonstrou qualquer remorso pelo crime. Ao contrário, eles chocaram a cidade pelo comportamento extrovertido que tiveram durante o processo. No tribunal, o último gesto do casal foi um sinal satânico feito com as mãos.
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O AMOR NÃO PEDE SACRIFÍCIO
Morador de Goiânia foi preso 22 anos depois de sacrificar uma criança em nome de um relacionamento amoroso não correspondido
Problemas amorosos
Um crime bárbaro chocou a população de Goiânia (GO), em 1989. Um menino de 4 anos foi brutalmente assassinado no terreiro Axé Ilê Oxalufã, durante um ritual de magia negra que tinha como único objetivo, acredite, “resolver” problemas amorosos de um casal. O que rolou foi que a esteticista Elsa Soares da Silva, inconformada com o seu ex-namorado ter começado um novo relacionamento amoroso, pediu ajuda ao pai de santo Willian Domingos da Silva.
Despacho macabro
O pai de santo aceitou o “trabalho”, mas disse que precisaria de uma criança para um sacrifício. Elsa, então, raptou um garoto que morava na vizinhança, e o levou ao pai de santo. O menino, Michel Mendes, foi amordaçado e passou por uma série de crueldades durante o ritual: foi espancado, teve três dentes retirados, todos os dedos da mão foram amputados e, ao final, foi decapitado. O corpo do garoto só foi encontrado 13 dias depois, em uma cova próxima ao local da morte.
Tarda, mas nÃo falha
Após investigações da polícia, Willian e Elsa foram acusados pelo Ministério Público, mas o inquérito ficou parado até 1998, quando foram retomadas as investigações. O pai de santo foi julgado e condenado, em janeiro de 2009, a 19 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado: crime cometido por motivo torpe, com uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele foi preso só em 2011, depois de diversos recursos na Justiça.
Sem amor na prisão
Elsa, por sua vez, foi condenada a 18 anos de prisão. Considerada a mandante do crime, pesou contra a esteticista o fato de terem sido encontrados na residência dela objetos semelhantes aos usados durante o ritual criminoso. O julgamento ainda citou a participação de duas outras pessoas no crime, Alexandre dos Santos Silva Neto e Eva dos Santos Marinho, que morreram antes de serem julgados. O ex-namorado da esteticista não foi citado no processo todo.
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SEITA SATÂNICA DA PEDOFILIA
Inspirado pelos escritos de Aleister Crowley, um grupo inglês misturou libertinagem com satanismo. O resultado não foi bom
Abuso de menores
A cidade de Kidwelly, no País de Gales, abrigou por mais de uma década um sistemático esquema de abuso infantil. Sob o comando de Colin Batley, o líder de um tipo de seita satânica do sexo, inúmeras crianças serviram ao longo de 12 anos como “brinquedos sexuais” para Batley e seus excêntricos seguidores. As atividades do grupo eram inspiradas nas ideias do ocultista Aleister Crowley e no Livro da Lei, principal obra de referência dos seguidores da Thelema, a sociedade criada por Crowley.
Serviço social não ligou
Nas cerimônias do grupo as pessoas usavam capuz, ornamentos com cruz invertida e entoavam cânticos diante de um altar. As atividades não incomodavam os vizinhos, pois parte deles estava envolvida no esquema. Os filhos de integrantes dessa seita, isolados de outras crianças, tiveram que obedecer as ordens de Batley e foram obrigados a participar de cerimônias de sexo grupal. Em 2002, o serviço social de Kidwelly chegou a ser alertado sobre suspeitas de abuso infantil, mas não investigou.
Demônios na prisão
As práticas dessa seita criminosa só foram descobertas em 2011, quando algumas crianças e jovens conseguiram escapar do esquema e denunciaram todo mundo. Batley foi preso, julgado e considerado culpado de 35 acusações, incluindo estupro, estímulo à prostituição e pedofilia. Algumas de suas seguidoras que acompanhavam a audiência no tribunal choraram quando o juiz determinou que ele deveria passar mais de uma década encarcerado.
Triste relato
Annabelle Forest é uma das crianças que sofreram abuso durante muito tempo. Aos 11 anos, ela foi iniciada numa relação incestuosa pela própria mãe, Jacqueline Marling, além de ter sido forçada a se prostituir com mais de 1.800 homens, incluindo o próprio Batley, com quem teve um filho, aos 18 anos. Annabelle conseguiu escapar do esquema e, em 2011, publicou o livro The Devil on the Doorstep – My Escape from a Satanic Sex Cult, um relato que ajudou na condenação de Batley e da própria mãe dela.
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ATAQUE NO METRÔ JAPONÊS
Um líder religioso maluco dizia que o mundo iria acabar numa guerra nuclear – e resolveu dar início à destruição na cidade de Tóquio
No meio da multidão
Numa manhã típica na capital do Japão, uma multidão de pessoas lotava o metrô rumo ao trabalho. Cinco homens estavam em diferentes trens discretamente carregando sacos plásticos cheios de um líquido incolor. De maneira quase simultânea, ao desembarcarem, eles derrubaram as embalagens nos vagões, furando-as com a ponta do guarda-chuva. As portas se fecharam e o metrô seguiu viagem. Muitos dos passageiros sequer chegariam à próxima estação naquele 20 de março de 1995.
Arma química
Os pacotes continham sarin, um líquido muito volátil, que rapidamente se transforma em um gás letal e atua sobre o sistema nervoso das pessoas. A arma química se propagou pelos vagões, causando uma náusea generalizada, com milhares de pessoas com formigamento na boca, dificuldade para respirar e perda de consciência. O resultado foi catastrófico: 13 pessoas morreram, dezenas ficaram em estado quase vegetativo e mais de 6 mil foram intoxicadas. Algumas ficaram com graves sequelas.
Aum Shinrikyo
Os cinco criminosos eram integrantes da Verdade Suprema (Aum Shinrikyo, em japonês), seita religiosa fundada em 1984 pelo japonês Shoko Asahara e inspirada em interpretações de elementos do budismo, hinduísmo, Livro do Apocalipse, escritos de Nostradamus e até mesmo da ioga. Asahara pregava que a humanidade se autodestruiria numa guerra nuclear. E, claro, apenas os membros da Verdade Suprema seriam poupados. No início, a seita chegou a ter mais de 50 mil seguidores.
Destino certo
Asahara foi considerado culpado pelo atentado e condenado à morte por um tribunal de Tóquio, junto a outros 12 membros da Verdade Suprema. Todos eles ainda aguardam a execução e seguem presos. Mesmo depois de o processo terminar, a motivação do atentado é uma incógnita: os advogados de Asahara, que deu testemunhos confusos à Justiça, alegaram a incapacidade mental do líder. A seita, hoje rebatizada com o nome de Aleph, permanece sob vigilância do governo japonês.
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SATANISTAS CANIBAIS
Derramar sangue em nome do demônio seria o maior sacrifício que se pode dar a ele. Mas alguns russos quiseram oferecer mais
Luz, câmera e ação
Parece roteiro de filme de terror, mas rolou de verdade. Acionada para verificar uma ocorrência nos limites da cidade de Yaroslavl, na Rússia, a polícia local encontrou em uma vala pedaços de corpos ao redor de uma cruz fincada de cabeça para baixo. As investigações levaram à descoberta de algo supermacabro: um grupo de jovens matou, esquartejou, cozinhou e comeu partes do corpo de quatro adolescentes em um ritual satânico.
Tomada 1
As vítimas eram outros garotos góticos que tinham entre 16 e 17 anos. Eles haviam dito aos pais que iriam participar de um festival de música nas redondezas. Mas a polícia apurou que eles combinaram um encontro com Nikolai Ogolobyak, líder de uma seita satanista russa. O encontro, na real, era uma emboscada. Os jovens foram embriagados e esfaqueados sem piedade: cada um levou 666 facadas. Dois dos adolescentes foram mortos em 28 de junho de 2008 e outros dois no dia seguinte.
Corta
Um dos satanistas presos confessou que, em outra ocasião, violou o túmulo de uma criança que havia morrido há pouco tempo e comeu o coração do cadáver. Já outro criminoso se recusou a renunciar à crença. “Satã vai me ajudar a evitar a responsabilidade. Eu fiz muitos sacrifícios por ele”, disse o maluco à polícia. Seis integrantes da seita foram considerados culpados de assassinato e profanação de corpos pela Justiça russa. A sentença mais longa, de 20 anos de prisão, foi para Ogolobyak.
Em nome de quem?
Crimes envolvendo rituais satanistas macabros como esse, muitas vezes, são associados diretamente à Igreja de Satã, a qual utiliza uma simbologia bastante ligada a satanás. Mas, segundo os seguidores dessa seita, eles não fazem adoração direta ao demônio, e sim a princípios como orgulho e individualismo (criticados, por exemplo, por religiões cristãs). Há quem leve isso ao extremo, como esses russos satanistas, que fizeram o diabo em nome do coisa-ruim.
+ 6 crimes bizarros (e chocantes) cometidos por menores de idade
O CRIME MAIS CRUEL DA FINLÂNDIA
A crença insana e a idolatria a uma entidade do mal podem levar um sujeito a praticar atrocidades que até o coisa-ruim duvida
Tortura até a morte
Imagine um crime tão bárbaro a ponto de a Justiça decidir tornar os detalhes secretos por 40 anos (para não dar ideias a outros criminosos). Foi o que ocorreu em 1998, no caso que ficou conhecido como o homicídio mais cruel na história da Finlândia. Em 21 de novembro, o satanista Jarno Elg invadiu a casa de um jovem de 23 anos, que morava na cidade de Hyvinkaa, e o torturou até a morte. Elg tinha três cúmplices que o auxiliaram em um ritual macabro.
Canibal black metal
Segundo relatou o próprio satanista, o massacre ocorreu ao som do álbum Chronicle Cainian, da banda de black metal norueguesa Ancient. A vítima teve a cabeça enrolada com fita adesiva e foi asfixiada. Partes de seu corpo foram cortadas e devoradas por Elg e seus comparsas em uma cerimônia de culto ao demônio. A polícia chegou até o finlandês depois de encontrar uma das pernas da vítima em um depósito de lixo, próximo das casas dos envolvidos.
Vem de berço
Acusado de assassinato seguido de destruição de cadáver, Elg foi condenado à prisão perpétua. A corte de apelações, porém, concedeu a ele uma liberdade condicional em dezembro de 2014. No passado, esse satanista já havia se envolvido em diversos episódios de crueldade contra animais – ele chegou a ser surpreendido pelas autoridades espancando um cachorro com uma barra de metal, após filmar toda a ação.
Trupe satânica
Dois cúmplices de Elg, Terhi Johanna Tervashonka e Kristian Mika Risca, foram condenados à prisão. O terceiro, que era menor de idade na época, foi inocentado depois de alegar que havia sido obrigado a participar do assassinato. Em 2007, Tervashonka (que havia sido considerada insana pela Justiça) foi acusada e condenada a mais dez anos de prisão por outro crime, a morte de um homem de 47 anos de idade, que ela teria assassinado com pancadas na cabeça.