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As maiores burradas das artes e da ciência

Mesmo os maiores líderes militares, cientistas e artistas do mundo já cometeram presepadas vergonhosas. Conheça casos inacreditáveis de pisadas na bola

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h27 - Publicado em 24 mar 2016, 11h35

ilustra Rômolo

edição Felipe van Deursen

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VOCÊ PINTA COMO EU PINTO?

Alguns dos maiores gênios das artes (e outros nem tanto) já cometeram presepadas bizarras

Profeta chifrudo

No Renascimento, pinturas e esculturas de Moisés mostravam o profeta com chifres. Culpa de São Jerônimo, que traduziu a Bíblia para o latim no século 4. Só que havia um erro de tradução. O texto original dizia que Moisés desceu do Monte Sinai radiante (“karan”, em hebraico), mas Jerônimo entendeu “keren”, ou “com chifres”. Micão

Restauração destruidora

Restaurar uma obra é um desafio enorme, e às vezes mal-sucedido. Caso de A Batalha de San Romano, de Paolo Uccello, que perdeu sua riqueza de cores, e da estátua de Davi, de Michelangelo, que no século 19 foi coberta de ácido e ficou mais pálida do que originalmente. Se essas burradas ocorressem hoje em dia, poderiam virar memes como a de Cecilia Gimenez, a velhinha espanhola que, em 2012, resolveu repintar um quadro de Jesus e virou “ídala” nas redes sociais

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Eva e adão

Também no Renascimento, alguns artistas, por motivos morais, evitavam usar modelos mulheres. Para retratá-las, recorriam a homens e faziam os seios por cima depois. Muitos eram bons nessa técnica mambembe, conseguindo suavizar as diferenças. Outros, não. Caso de ninguém menos que Michelangelo, que fez várias mulheres com cara e corpo de homem. No teto da Capela Sistina, Eva é tão masculina como Adão. Poderia ser arte transgressora, mas era só o lado medíocre de um gênio

A CIÊNCIA NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA

Galileu, Newton, Tesla… Mesmo os maiores cérebros da história já mereceram um zero

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O estudante e o mestre

Em um de seus estudos mais importantes, Isaac Newton usou um valor incorreto para a massa da Terra, um dado conhecido desde a Grécia antiga. Ninguém percebeu até Robert Garisto, estudante da Universidade de Chicago, EUA, esbarrar no problema, em 1987. A princípio, ele achou que o erro era pegadinha de seu professor. Garisto ficou famoso e virou um importante matemático

Nossa, mas nem aparenta

Edwin Hubble, um dos maiores astrônomos do mundo, mudou a visão que temos do Universo. Mas, na hora de calcular sua idade, ele errou de longe e, em 1929, argumentou com insistência que o Cosmos não teria mais que 2 bilhões de anos. Depois, como bom cientista, encarou as evidências de que a conta não batia – afinal, na época já se sabia que a própria Terra tem 4,5 bilhões de anos

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Peru tostado

O interesse do inventor Benjamin Franklin por eletricidade o levou longe demais. Disposto a entender como ela funcionava, ele eletrocutou animais, tentou reanimar uma aranha morta e serviu, em festas, perus fritos por descargas elétricas. Em uma dessas aventuras na cozinha, atingiu a si mesmo, desmaiou e desistiu de matar o bicho

Teste em queda livre

Os melhores inventores arriscam muito. Quando acertam, são incríveis. Quando erram… Foi o caso de Nikola Tesla, monstro sagrado da física. Ele se sentia mais leve quando respirava rápido demais. Em vez de subir em uma balança para checar se a sensação era real, pegou um guarda-chuva, subiu no telhado de uma casa e se jogou. Ficou muito machucado, mas sobreviveu, para o bem da ciência

Maré sem lua

Galileu Galilei também errou feio. Para explicar o movimento das marés, ele analisou a relação entre a Terra e o Sol, deixando de lado a força gravitacional da Lua (que é o que de fato rege o fenômeno). E ele fez isso de propósito: para Galileu, a Lua era assunto de astrólogos, não de cientistas sérios (apesar de os conceitos de astronomia e astrologia se misturarem na época). Errou por puro preconceito

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