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Até quanto vai a escala Richter de terremotos?

Conheça o limite da escala padrão para terremotos — e veja outras usadas para medir fenômenos e seus estragos

Por Luiz Romero
Atualizado em 22 fev 2024, 11h29 - Publicado em 22 mar 2011, 19h41

Pode até soar assustador, mas, matematicamente, ela não tem limite.

Na prática, o maior terremoto registrado aconteceu no Chile, em 1960, e chegou a 9,5 graus nessa medição. O abalo foi provocado pelo contato entre placas tectônicas ao longo de 965 km da costa chilena, mas como essa zona de atrito poderia ser maior, os graus podem subir indefinidamente.

“Medimos sismos há pouco tempo (desde 1900) para estabelecer esse valor máximo”, afirma Afonso Vasconcelos, professor de geofísica da USP. Em 1998, cientistas detectaram um terremoto no Sol com magnitude equivalente a 11,3 graus. Na Terra, um sismo dessas proporções chacoalharia o chão 90 vezes mais do que no tremor chileno.

Outras escalas

(Daniel Rosini/Mundo Estranho)

1. SEGURA A ONDA

ESCALA Beaufort
CRIAÇÃO 1805
Mede a velocidade de ventos em terra firme, mas foi feita para ajudar navegantes. Quando o mar parece um espelho, registra-se o nível mais baixo. Já no estágio máximo, o 12, as ondas têm mais de 14 m e a visibilidade é nula por causa da espuma e dos borrifos d’água. No nível 9, que você confere na figura, os ventos ficam entre 76 e 87km/h

2. CALADA NOITE PRETA

ESCALA de Bortle
CRIAÇÃO 2001
Mede a escuridão da noite e a visibilidade das estrelas. Começa pelo paraíso dos observadores: céu bem escuro e só a luminosidade natural da atmosfera. No último nível (9), fica a cidade grande, com poucos astros visíveis. Aqui, retratamos o nível 5: mesmo com alguma claridade, dá para ver a Via Láctea no horizonte

3. INSÍPIDA, INODORA… E SÓ

ESCALA Forel-Ule
CRIAÇÃO 1889
Esta serve para classificar a cor da água, indicando sua qualidade e os materiais dissolvidos nela. A medição é feita pela comparação do líquido testado com pequenos vidros de água colorida, que variam do azul ao marrom, passando por tons de verde e amarelo. Entre as 21 cores usadas, um mar azul como este entra no patamar 6

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4. DE GRÃO EM GRÃO

ESCALA de Wentworth
CRIAÇÃO 1922
Existe medição até para tamanho de partículas. A tabela vai de grãos que medem no máximo 4 micrômetros (argila) até os que passam de ínfimos 256 milímetros (matacão). A areia, por exemplo, fica no nível 3, entre 60 micrômetros e 2 mm

5. É O ARMAGEDOM

ESCALA de Turim
CRIAÇÃO 1999
Categoriza o risco de colisão entre um asteroide (ou cometa) e a Terra. Impactos muito improváveis são indicados pela cor branca. No extremo oposto está o vermelho, só para desastres certos, que ameaçariam o futuro da civilização. Mas fique tranquilo: uma catástrofe dessas acontece só uma vez a cada 100 mil anos

6. E O VENTO LEVOU

ESCALA de Fujita
CRIAÇÃO 1971
Avalia os estragos de um tornado. Vai do F0, com ventos que não passam de 117 km/h, ao F5, com intensidade suficiente para levantar carros e destruir prédios. Como o tamanho não determina a intensidade, é possível que um tornado F3 (como este da ilustra) seja pequeno e potente, chegando a arrancar árvores do chão

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7. ABALOU BANGU

ESCALA de Mercalli
CRIAÇÃO 1902
Também ligada aos terremotos, ela quantifica o estrago causado pelo tremor. Enquanto a Richter é mais científica, esta guia-se pela mera observação. Vai do sismo que nem é sentido (nível I) à destruição total (nível XII). O tremor de 7 graus que atingiu o Haiti, em janeiro do ano passado, ultrapassou o nível X. Nesta ilustração, você confere o nível VII

8. PERIGO RADIOATIVO

ESCALA Internacional de Eventos Nucleares
CRIAÇÃO 1990
Define a gravidade de uma catástrofe nuclear, na própria usina ou durante o transporte ou utilização da radiação. O primeiro grau classifica um pequeno contato com o material atômico. Já o pior nível, o 7, equivale ao desastre de Chernobyl, na ex-URSS, que expôs 8,4 milhões de pessoas à radiação só na principal região afetada, em 1986

FONTES ONU (Organização das Nações Unidas), Nasa (Agência Espacial Americana), ESA (Agência Espacial Europeia), USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), Departamento de Engenharia de Minas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), revista Sky and Telescope

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