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Como é uma cirurgia feita por robôs?

No Brasil, eles já realizam 10 mil procedimentos por ano

Por Felipe Sali
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 4 abr 2018, 16h29

ILUSTRA Felipe Franco
EDIÇÃO Felipe van Deursen

Clique na imagem para ampliá-la (Felipe Franco/Mundo Estranho)

1. SEGURO PARA ROBÔS
Antes de assumir o controle, o profissional precisa passar por um treino em um simulador. “O cirurgião faz seus primeiros procedimentos como se já tivesse realizado muitos anteriormente, diminuindo a curva de aprendizado”, diz o médico Carlos Domene, coordenador de robótica do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Outra norma de segurança: se o médico precisar tirar o rosto do visor em uma cirurgia, os comandos são travados, a fim de evitar acidentes

2.NO JOYSTICK
O cirurgião opera tudo por meio de uma cabine que lembra um fliperama antigo, mas que tem tecnologia de primeira. Ela conta com dois controles manuais, dois painéis auxiliares e cinco pedais. Tudo que a câmera capta é exibido em 3D na tela, que amplia as imagens de dez a 15 vezes

3.CONTROLE DE TUDO
Os pedais comandam diversas funções, como a definição da intensidade do pulso elétrico emitido, o que evita que o sangue coagule. Manípulas eletrônicas controlam os braços e uma peça para o polegar e o indicador simula o abrir e fechar das pinças. Um programa de inteligência artificial filtra tremores indesejados (e naturais) das mãos do médico

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(Felipe Franco/Mundo Estranho)

4.DR. OCTOPUS
O robô tem quatro braços. Enquanto um fica com a câmera que leva as imagens à cabine, os outros três põem a mão na massa. Esses braços têm habilidades impossíveis à mão humana, e são muito mais precisos: um movimento curto do médico é replicado em uma escala cinco vezes menor pela máquina. Essa diferença é crucial para o conforto do cirurgião e para a precisão do procedimento. Por isso, o tempo de recuperação costuma ser duas vezes menor do que o de uma cirurgia normal

5.”TÁ FILMANDO?”
O primeiro corte no paciente é feito a mão. Em alguns casos, a região é insuflada com gás carbônico para criar uma bolha que dará visibilidade para a câmera captar estruturas do intestino, apêndice, fígado, estômago, útero ou ovários. O gás não faz mal ao corpo e é eliminado completamente cerca de uma hora depois da operação, na respiração

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6.TIME UNIDO
A cabine e o cirurgião precisam ficar a certa distância do paciente, por causa das regras de higiene. Já o resto da equipe médica fica na mesa de cirurgia para realizar as outras tarefas, como anestesia e troca de ferramentas. Eles também acompanham tudo em um monitor que transmite a operação em tempo real

  • O modelo ilustrado aqui é o Da Vinci. Ele é usado na maioria das cirurgias robóticas
  • No Brasil, existem 30 robôs-cirurgiões (cinco no SUS). Em 2016, eles fizeram 9,7 mil procedimentos

Multiúso
Afinal, pra que serve o robô?

Quando os primeiros robôs-cirurgiões foram apresentados ao mercado, o foco eram as cirurgias cardíacas. Mas o que caiu nas graças dos médicos foi a prostatectomia (remoção de parte ou de toda a próstata). Hoje, 75% das cirurgias do tipo nos EUA usam a robótica. A técnica é usada também em cirurgia geral, ginecologia e no tratamento da apneia do sono. O próximo passo é dispensar a necessidade da presença do médico na sala de cirurgia. O robô STAR (sigla para “robô autônomo inteligente para tecidos”) está em fase de desenvolvimento e apresenta resultados promissores. Enquanto isso não acontece, a ideia é tentar diminuir o tamanho dos modelos atuais. Eles são grandes por causa da sustentação necessária para a segurança na hora de realizar os movimentos dos braços.

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FONTES Da Vinci Surgery, The Economist, Intuitive Surgical, MIT Technology Review, The New York Times, O Tempo, SAÚDE É VITAL e surgical-hospital.lomalindahealth.org

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