Como era um zeppelin por dentro?
Veículos ficaram populares depois da 1ª Guerra Mundial. Uma passagem de Berlim para o Rio de Janeiro custava mais de US$ 8 mil em valores atuais.
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A palavra “zeppelin” descreve vários dirigíveis desenvolvidos pela empresa do conde alemão Ferdinand von Zeppelin. Ele projetou uma série de modelos e o primeiro, o LZ1, decolou em 1900. Mas foi depois da 1ª Guerra que o Zeppelin se tornou o maior símbolo da aviação comercial da época.
O modelo mais bem-sucedido, o LZ 127, ou Graf Zeppelin, que você vê nesta matéria, foi usado em 1928 e ficou em operação até 1937. Nesse período, realizou 590 voos. No Brasil, os pousos aconteciam em Recife e no Rio de Janeiro: uma passagem Berlim-Rio custava US$ 590 (quase US$ 9 mil em valores atuais). O acidente de 1937 com o Hindenburg, um dos sucessores do Graf Zeppelin, provocou a substituição do hidrogênio como combustível pelo hélio, que não é inflamável. Mas os alemães não produziam hélio e precisariam comprar dos EUA. Com o início da 2ª Guerra, os Zeppelins acabaram engavetados e substituídos pelos aviões.
IMPULSO PARA A FRENTE
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Para o veículo ser impulsionado, havia dois meios: ou deixar-se levar pelas correntes de ar (autonomia de 100 horas sem escalas) ou estabelecer uma direção usando motores a gasolina. Eram cinco, do modelo Maybach de 410 kW. Eles garantiam a segurança da aeronave para a necessidade de avançar contra o vento. Mas tinham autonomia menor: com gasolina, era possível viajar por apenas 67 horas sem escalas.
DEZENAS DE BALÕES
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Um dirigível voa por causa de bolsas internas que podem ser enchidas (no caso do Graf, com gás hidrogênio) ou esvaziadas individualmente. Quando as 12 bolsas do Graf eram cheias, a aeronave ganhava altitude, podendo chegar a até 600 m (embora a altitude de voo fosse 200 m). Ao esvaziá-las, ela se aproximava do solo. O volume total de gás, com todas as células preenchidas, era de 105 mil m3.
CENTRO DE CONTROLE
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Os pilotos e seus assistentes ficavam na sala de controle, de onde tinham uma boa visão do trajeto. Eles operavam com base em informações fornecidas pela sala de mapas e pelos operadores de rádio. Na gôndola ficavam também os passageiros, que contavam com salões, quartos e banheiros – os dejetos eram acumulados em um compartimento abaixo das latrinas e depois lançados no ar.
PERGUNTA DO LEITOR Masanori A.L. Ninomiya, São Paulo, SP
FONTES Livros The Great Airships of Count Zeppelin, de Werner Behrends, e The Golden Age of the Great Passenger Airships: Graf Zeppelin and Hindenburg, de Harold Dick e Douglas Robinson