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Como era um ritual de sacrifício humano dos thugs, na Índia?

Para impedir a vinda de Kali, indianos fanáticos se infiltravam em caravanas e enforcavam homens à noite

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h25 - Publicado em 13 Maio 2016, 16h56
thugs

ILUSTRA Ícaro Yuji

Os thugs viveram na Índia entre os séculos 13 e 19. Para impedir a vinda de Kali, esses fanáticos se infiltravam em caravanas e enforcavam homens à noite

Atuando na Índia, os thugs eram fanáticos que idolatravam a deusa hindu Kali. Formavam uma espécie de sociedade secreta nômade: educados e com uma postura aparentemente irretocável, conseguiam aderir, um a um, a caravanas de comerciantes. Infiltravam até dez pessoas no mesmo grupo, que fingiam não se conhecer e se falavam por códigos.

O uso do lenço tinha uma vantagem: desse jeito, os thugsjamais eram flagrados com armas de verdade, que poderiam revelar suas reais motivações. Os corpos eram queimados, lançados em rios ou cortados em pedaços e enterrados em valas preparadas com antecedência. Os assassinos sumiam rapidamente, sem deixar rastros e levando os bens das vítimas.

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Ao longo da jornada, que podia durar vários dias, os matadores começavam a selecionar suas vítimas – sempre homens. Todos eram assassinados numa mesma noite: dormindo em sua tenda, os escolhidos eram cercados pelo grupo, imobilizados nas mãos e pernas e enforcados com um lenço chamado ruhmal – uma técnica que era passada de pai para filho.

Para os thugs, cada “oferenda” atrasava a vinda de Kali à Terra em mil anos. Ligada à morte e à vingança, até hoje essa deusa é muito popular entre os indianos. Em 2006, ela foi o pretexto para a morte do garoto Aakash Singh, de 16 anos.

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CONSULTORIAWalter Burkert, professor de antiguidade clássica da Universidade de Zurique, Patricia Smith, antropóloga da Hebrew University, Miranda Aldhouse-Green, arqueóloga e professora da Universidade Cardiff, Jonathan Tubb, arqueólogo do British Museum, Jan Bremmer, professor de ciência da religião da Universidade de Groningen

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FONTESLivrosCity of Sacrifice, de David Carrasco,Dying for the Gods, de Miranda Green Sutton,The Highest Altar, de Patrick Tierney, eJapanese Death Poems, de Yoel Hoffmann, e filmeO Homem de Palha, de Robin Hardy

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