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Como era uma balada nos anos 2000?

Relembre a música, as bebidas, a moda e o comportamento da década passada

Por Kátia Abreu
Atualizado em 1 nov 2018, 19h50 - Publicado em 27 jun 2013, 12h22

BALADAS
Década: 60 | 70 | 80 | 90 | 2000

(Jhonata Alves/Mundo Estranho)

De Tudo, um Pouco

Na virada do milênio, a vida noturna podia ser definida com uma palavra: variedade. Havia desde casas especializadas em atender um tipo de público (black music, samba, indie, rock, pop, retrô anos 90, anos 80…) até superbaladas que preferiam abrigar todos esses gêneros ao mesmo tempo, em diferentes ambientes. Eram verdadeiros “complexos de entretenimento”, com pistas de dança, bares, restaurantes e diversão para todos os gostos.

Seja bem-vindo

Nesta época emerge outra “celebridade” da noite: a hostess (“anfitriã”, em inglês). São mulheres (geralmente, muito bonitas) que recebem o público na porta, controlando a entrada e gerenciando as listas vip ou de desconto. Se o processo demorar, ótimo: filas enormes eram provocadas de propósito para dar a impressão de que o lugar estava bombando.

O básico que sai caro

O público se vestia de acordo com o estilo da casa. Nas “superbaladas”, que costumavam ser mais caras, reinavam grifes como Diesel, de calças jeans. Mas os looks eram básicos: rapazes com camiseta ou camisa e cabelos cuidadosamente dasarrumados; meninas de salto alto, vestido e cabelos lisos (viva a chapinha!). Às vezes, optavam por um visual mais roqueiro (lápis de olho pra todo lado) ou praiano.

Múltipla escolha

As superbaladas pareciam um shopping, todo setorizado. Não gosta do bate-estaca eletrônico que está tocando? Tudo bem: logo no ambiente ao lado rola um axé. Ou funk. Ou hits das rádios. Bateu aquela fome? Corra para o restaurante. Quer um papo mais sossegado? Leve a menina ou o cara para um dos bares. A culinária variava: tinha italiana, japonesa e até indiana.

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Onde há fumaça…

A “bala” (ecstasy) e o “doce” (LSD) continuaram sendo o combustível para as noitadas. Mas também surgiram outras drogas, como o special k (gíria para a cetamina, um tranquilizante usado em cavalos – que, recentemente, passou a ser testado por médicos no combate à depressão).

O special k era misturado à bebida, ao fumo ou inalado. E falando em fumo, no fim da década, algumas cidades fecharam o cerco contra o cigarro, proibindo-o em locais fechados. Era a ascenção dos fumódromos, espaços abertos exclusivos para fumantes.

Beber para se mostrar

A popular caipirinha (cachaça, limão, açúcar e gelo) ganhou variantes com frutas exóticas, como lichia e lima-da-pérsia, ou com outros destilados, como vodca e saquê. Em algumas casas, quem queria se exibir podia pedir caras garrafas de champanhe, entregues com procissão de garçonetes e faíscas, chamando a atenção da galera.

Todos somos paparazzi

A popularização das câmeras digitais transformou qualquer um em fotógrafo e “celebridade” em potencial. No dia seguinte, tudo ia parar no Orkut ou no Fotolog, as redes sociais da época. Mostrar à galera como sua noite tinha sido “in-crí-vel” ficou ainda mais fácil e instantâneo no fim da década, quando a internet no celular finalmente “pegou”.

CURIOSIDADES

Além da tradicional pickup, onde se alternavam CDs ou vinis, alguns DJs passaram a tocar arquivos de música direto do laptop.

O boom da internet ampliou o uso das “listas vip”, nas quais você se inscreve via e-mail para receber descontos.

TOP 5 DAS PISTAS

“Crazy in love”, Beyoncé
“SexyBack”, Justin Timberlake
“Can’t Get You Out of My Head”, Kylie Minogue
“Hey Ya!”, OutKast
“Seven Nation Army”, White Stripes

Fontes PLAYBOY, Folha de S.Paulo, site quedroga.com.br, e artigo Os Circuitos dos Jovens Urbanos, de José Guilherme Cantor Magnani na Revista de Sociologia da USP

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Consultoria Bia Pattoli, do blog Boatismo, e Dago Donato, DJ e sócio do Neu Club

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