PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Como estereótipos influenciam o interesse de meninas por ciência?

Novo estudo da Disney buscou entender em que fase da infância as questões de gênero afetam a preferência das crianças

Por Da Redação
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 16 mar 2018, 15h11

Você já viu esta cena: uma loja de brinquedos repleta de opções para meninos e meninas. Do lado deles, jogos eletrônicos, carros, armas, robôs e todo tipo de gadgets. Do lado delas, bonecas, animais de pelúcia e simulações de atividades do lar, como lavar louça e passar roupa. Duvida? Basta pesquisar por “brinquedos de menina” no Google e checar os primeiros resultados

A questão dos estereótipos de gênero não é de hoje, e é possível detectá-los desde a infância. Uma pesquisa patrocinada pela Disney e realizada na América Latina em 2017 tentou entender esse problema e encontrou um resultado que chama a atenção: tais estereótipos podem influenciar a afinidade que meninas terão com ciência e tecnologia ao longo da vida.

O estudo foi coordenado por duas organizações da Argentina: a ONG Chicos.net e a Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais (Flacso), que desde 2001 oferece o programa Cadeira Regional UNESCO Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina. Baseados no STEM, novo campo de estudo que interliga ciência, tecnologia, engenharia e matemática, eles entrevistaram pais, professores e crianças, de seis a dez anos de idade, nas três cidades mais populosas do continente — São Paulo, Buenos Aires e Cidade do México.

“Por que tão poucas mulheres na área de ciência e tecnologia?”, questionou Gloria Bender, coordenadora de Gênero, Sociedade e Políticas na Flacso, ao mencionar as perguntas que motivaram esta pesquisa. Além de dar uma visão geral sobre o ensino dessas disciplinas na América Latina, o relatório trouxe informações acerca da questão da desigualdade entre meninos e meninas. Clique nas imagens para entender:

Como isso pode ajudar no futuro

Além de crianças e pais, os pesquisadores também ouviram 600 professores, que contribuíram com relatos sobre suas experiências em sala de aula. Eles se mostraram otimistas quanto à igualdade entre gêneros no futuro e, nas três cidades, apontaram o papel central que a tecnologia tem na vida dos jovens, principalmente com relação a jogos e atividades de lazer. “Nós entendemos os riscos da tecnologia da infância, mas também sabemos do seu potencial”, disse Belén Urbeja, diretora de Cidadania Corporativa e Gestão de Marca da Disney América Latina.

Continua após a publicidade

Há uma série de recomendações que a pesquisa indica para a educação de jovens com o objetivo de diminuir os estereótipos. Fora as medidas que devem ser aplicadas na escola ou em casa, há a preocupação também com o entretenimento que as crianças consomem. “Devemos nos perguntar quais responsabilidades temos como empresa de entretenimento para romper com esses estereótipos”, acrescenta Urbeja.

E parece que algumas coisas já começaram a mudar. Por causa da pesquisa, os desenvolvedores de conteúdo da Disney deverão, criar produtos que façam com que as crianças comecem a pensar diferente. De acordo com Urbeja, as campanhas de marketing da marca, por exemplo, precisam ter tanto meninos quanto meninas aparecendo, para evitar qualquer tipo de direcionamento. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.