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Como funciona a quimioterapia?

As diversas drogas presentes no coquetel atuam de maneiras diferentes para matar as células cancerosas ou impedir que elas se multipliquem

Por Luiz Fujita
Atualizado em 22 fev 2024, 11h35 - Publicado em 3 jun 2009, 18h58

Usada desde a década de 1940 no combate ao câncer, a quimioterapia é composta de um coquetel de medicamentos que busca impedir a proliferação rápida e desordenada das células doentes. Os remédios são aplicados em conjunto, pois cada um age numa etapa diferente do crescimento das estruturas cancerosas. O tratamento tem duração variável, dependendo do tipo de tumor, e pode ser administrado de várias formas, desde via oral até intravenosa. Seja como for, as drogas quimioterápicas são carregadas pelo sangue para todas as partes do corpo, combatendo as células do câncer ao mesmo tempo em que impedem que elas se espalhem pelo organismo.

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Coquetel de remédios combate o câncer impedindo a multiplicação das células doentes

(Marcus Penna/Mundo Estranho)

1) O primeiro passo no combate ao câncer é a identificação de células que estejam se multiplicando rapidamente, comportamento típico das células cancerosas. As drogas quimioterápicas fazem esse reconhecimento por meio de agentes químicos que se ligam às estruturas responsáveis pela divisão celular.

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(Marcus Penna/Mundo Estranho)

2) Identificado o invasor, entra em ação um grupo específico de quimioterápicos, os antibióticos – eles barram atividades vitais da célula cancerosa, como a respiração celular, levando-a à morte.

(Marcus Penna/Mundo Estranho)

3) Outro grupo de remédios, chamados alquilantes, age diretamente no começo do processo de divisão celular do bichão. Eles impedem a replicação do DNA da célula doente, o que geraria uma nova estrutura maligna.

(Marcus Penna/Mundo Estranho)

4) Se o DNA já se replicou, entram em cena os chamados inibidores mitóticos, quimioterápicos que ainda podem bloquear a divisão celular. Eles impedem que as metades dos cromossomos migrem em direção aos polos e constituam uma célula nova.

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(Marcus Penna/Mundo Estranho)

5) Por outro flanco, os antimetabólitos atacam como espiões infiltrados. Eles imitam a estrutura de elementos da célula cancerosa, tomando o lugar da original. Só que eles não realizam a função da titular, sabotando a atividade celular do invasor, que é eliminado.

(Marcus Penna/Mundo Estranho)

6) Há ainda diversos outros tipos de quimioterápicos, que agem em fases variadas da divisão celular ou afetam funções específicas das células cancerosas. É esse ataque conjunto do coquetel de medicamentos que responde pelo sucesso da batalha, liquidando o temido tumor.

USOS DA QUIMIOTERAPIA

(Marcus Penna/Mundo Estranho)

A) CURATIVA – A quimio recebe esse nome nos casos em que só os quimioterápicos já são suficientes para eliminar o tumor

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B) NEOADJUVANTE – É feita antes da cirurgia, quando o câncer está em locais de difícil acesso, como perto de artérias importantes. A quimio reduz o tamanho do tumor e facilita sua retirada

C) ADJUVANTE – É aplicada após uma cirurgia de remoção do tumor. A quimio remove células residuais que poderiam se espalhar para outros tecidos mais tarde

D) CONTROLE – Alguns tipos de câncer não podem ser retirados, ou teimam em reaparecer após cirurgias. Nesses casos, a quimio é usada em intervalos regulares para controlar esses focos insistentes

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OS PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS

QUEDA DE CABELO – Como as células do cabelo se renovam sempre, e depressa, são identificadas pelos quimioterápicos como se fossem células tumorais. Por isso, em geral os pacientes ficam carecas

NÁUSEAS E AFTAS – As células das mucosas também se multiplicam constantemente, e acabam levando chumbo. O trato digestivo é afetado, provocando náuseas e vômitos, e é comum surgirem aftas na boca

ANEMIA E HEMORRAGIA – Outras que sofrem são as células do sangue. As drogas matam hemácias, causando anemia, e glóbulos brancos e plaquetas, fragilizando o sistema imunológico e a capacidade de cicatrização

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