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Infográfico: Como era a civilização perdida de Atlântida?

Ilha tecnologicamente avançada seria protegida por uma muralha e teria um formato com círculos concêntricos. Descrição foi feita pelo filósofo Platão

Por Fabiano Onça
Atualizado em 22 fev 2024, 10h15 - Publicado em 29 mar 2017, 18h52

A principal pessoa a descrever Atlântida com todas as letras foi o filósofo grego Platão (428 a.C. – 348 a.C.). Não que ele tenha visitado a cidade. Platão só pôs no papel as lendas que circulavam pela Grécia. Os boatos da época não falavam de um continente inteiro submerso no oceano, como hoje muita gente pensa. As descrições eram sobre uma grande ilha farta em ouro e prata, com uma sociedade tecnologicamente avançada e um imponente poderio naval. Surgida por volta de 11000 a.C., a ilha teria tido um destino cruel. Um supertsunami ou um terremoto teriam levado Atlântida a ser engolida pelo mar por volta do ano 9600 a.C., ou seja, milhares de anos antes de Platão existir.

Segundo o filósofo e as lendas de então, a poderosa ilha seria protegida por uma inexpugnável muralha e teria um formato com círculos concêntricos. Após a ilha central, a cidade possuiria dois anéis de terra, separados por três grandes canais aquáticos. No total, Atlântida ocuparia uma área mais ou menos igual à do município do Rio de Janeiro.

A GEOGRAFIA DA CIDADE PERDIDA

Civilizações Perdidas – Atlântida
(Sattu, Luiz Iria, Luciano Veronezi e Rodrigo Cunha/Mundo Estranho)

CENTRO DA CIDADE
A ilha central de Atlântida teria como destaque um templo para Posêidon, deus grego dos mares. Com 185 m de comprimento e 90 m de altura, ele seria folheado a prata, com detalhes em ouro. Em volta dele, uma muralha dourada impedia a entrada de estranhos

Civilizações Perdidas – Atlântida
(Sattu, Luiz Iria, Luciano Veronezi e Rodrigo Cunha/Mundo Estranho)

TERRAS MÉDIAS
Os dois anéis de terra teriam vários tipos de construções. Lá ficariam, por exemplo, alguns templos menores dedicados a outros deuses gregos, banhos públicos e prédios militares com vastas áreas para manobras e exercícios dos soldados

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Civilizações Perdidas – Atlântida
(Sattu, Luiz Iria, Luciano Veronezi e Rodrigo Cunha/Mundo Estranho)

LIGAÇÃO DIRETA
Os círculos de terra de Atlântida eram cortados por uma série de pequenos canais de navegação, que conectavam os grandes canais aquáticos. Mestres na arquitetura, os atlantes também teriam criado uma série de pontes interligando todas as áreas da ilha

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Civilizações Perdidas – Atlântida
(Sattu, Luiz Iria, Luciano Veronezi e Rodrigo Cunha/Mundo Estranho)

NO LIMITE
Marcando os limites de Atlântida, a mais ou menos 9 km do último círculo de terra, haveria uma gigantesca muralha para proteger a cidade da fúria do mar e também de eventuais inimigos. Como era muito larga, a muralha teria várias casas erguidas em cima dela. Ah, e como eram donos de um grande poder naval, os atlantes não iriam se descuidar da marinha de guerra. No canal aquático mais externo, eles manteriam um porto militar lotado de trirremes – principal barco de guerra usado pelos gregos, com três decks para remadores

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ONDE ATLÂNTIDA PODE ESTAR

Civilizações Perdidas – Atlântida
(Sattu, Luiz Iria, Luciano Veronezi e Rodrigo Cunha/Mundo Estranho)

PISTAS HISTÓRICAS

Existem pelo menos quatro supostas localizações para a civilização perdida de Atlântida que vêm sendo investigadas por pesquisadores nas últimas décadas. A primeira é uma cidade submersa perto da ilha de Santorini, na Grécia, encontrada na década de 1970 pelo explorador francês Jacques Cousteau.

Mais recentemente, usando imagens obtidas a partir de satélites, o físico alemão Rainer Kuehne alegou ter descoberto vestígios de Atlântida na costa da Espanha, numa salina chamada Marisma de Hinojos. A “evidência” seriam restos de construções que lembrariam o templo de Posêidon descrito por Platão.

Ainda há pesquisadores russos que vasculham a costa inglesa e uma equipe francesa que analisa ruínas em Spartel, ilha submersa no estreito de Gibraltar.

Todos seguem uma pista deixada por Platão. Ele cita Atlântida como uma ilha perto dos “Pilares de Hércules”, nome dos gregos para o estreito de Gibraltar.

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