Jovem brasileiro não gosta de ler?
Conversamos com especialistas e reviramos os dados
O número de jovens brasileiros que gostam de ler está melhorando, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. Entre os desafios, estão as questões socieconômicas, que puxam a nossa média para baixo (como incentivar a leitura, se 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora das escolas?). Ainda assim, as recentes pesquisas mostram que temos alguns motivos para ficarmos um pouco mais otimistas.
Revirando os números
De acordo com pesquisa divulgada pelo Ibope e o Instituto Pró-Livro em maio deste ano, 67% do público leitor no Brasil é composto de jovens com a idade entre 18 e 24 anos – um crescimento de 14% em relação a 2014. A mesma pesquisa aponta que os adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto, sem nenhuma obrigação escolar ou profissional. Ainda tem muito o que melhorar, mas é um começo.
Mas do que eles gostam?
No dia da publicação deste post, o livro que está no topo da lista dos mais vendidos no publishnews é O Diário da Larissa Manoela, sobre a vida de uma atriz teen que faz sucesso entre crianças e pré-adolescentes.
Mas não é só de celebridades que vive este mercado. Uma das séries mais vendidas de 2016 é A Seleção, romance distópico da norte-americana Kiera Cass, que bebe na fonte de Jogos Vorazes – outro sucesso editorial também voltado para a molecada. Entre os integrantes da Turma do Fundão, nosso grupo de leitores consultores com idade entre 14 e 20 anos, dois títulos são campeões de popularidade – Harry Potter e Clube da Luta.
Vamos falar com quem entende do assunto?
A autora Paula Pimenta atingiu a marca de mais de um milhão de livros vendidos em 2016, todos para jovens e adolescentes, virando uma referência nesse tema. Nós conversamos com ela, que deu os seus pitacos sobre a relação jovem/leitura e mostrou que eles estão interessados em muito mais do que 140 caracteres.