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Lugares assombrados do Brasil, parte 3: Cruz do Patrão

O monumento mais antigo de Recife (PE) encobre histórias macabras

Por Diego Meneghetti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h08 - Publicado em 19 dez 2017, 15h36
(Ico Yuji/Mundo Estranho)

Não se sabe quem construiu (conquistadores holandeses ou algum senhor de engenho), mas há registros dessa coluna de 6 m de altura desde o início do século 19. Erguida à margem do Rio Beberibe, no istmo que ligava o porto de Recife à então vila de Olinda, a Cruz do Patrão servia para manobrar navios, ao ser alinhada com a igreja Santo Amaro das Salinas.

Com tantas histórias de morte num só lugar, há quem jure que as almas continuam em torno da Cruz do Patrão para vingar seu sofrimento. Um estudo arqueológico encomendado pela prefeitura não encontrou vestígios de esqueletos por lá. Ainda assim, há relatos orais de aparições, gemidos, almas penadas e perseguições por espíritos infernais no local.

 

 

Historiadores, como o recifense Pereira da Costa, contam que o terreno já foi cemitério de escravos que chegavam mortos da África. A escritora inglesa Maria Graham também relatou, em um livro de 1824, ter presenciado corpos mal sepultados por lá, com partes emergindo da terra. O local também teria sido usado para rituais religiosos, assassinatos e execuções.

O próprio Gilberto Freyre cita, em Assombrações do Recife Velho, que, durante um ritual religioso realizado por negros, o próprio diabo arrastou uma mulher para o mar. Ele era “preto como o carvão. Os olhos acesos despediam chispas azuis. Brasas vivas caíam-lhe da boca encarnada e ameaçadora. Pela garganta se lhe viam as entranhas onde o fogo ardia”.

 

 

CONSULTORIA Angela Arena, pesquisadora e professora de turismo na Faculdade Anhanguera, e Mateus Fornazari, do site Sobrenatural

FONTES Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada de Recife, Fundação Gilberto Freyre; programas de TV Ghost Hunters International (SyFy); Linha Direta (Globo) e Fantástico (Globo); jornais Diário de S. Paulo, Folha de Pernambuco, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Fluminense; sites G1 e R7; revista VEJA; livros Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, Histórias Mal-Assombradas do Caminho Velho de São Paulo e Histórias Mal-Assombradas do Tempo da Escravidão, de Adriano Messias; e tese de doutorado Trabalho e Cotidiano na Mineração Aurífera Inglesa em Minas Gerais: A Mina da Passagem de Mariana (1863-1927), de Rafael de Freitas e Souza

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