O exército dos EUA pensou numa arma inspirada em Pokémon?
Efeito estroboscópico que simulava um ataque de Pikachu supostamente causaria uma convulsão nos inimigos. Mas o projeto nunca foi para frente
Sim, mas ela nunca foi fabricada. Utilizando pulsos eletromagnéticos, a arma iria criar luzes piscantes, que seriam direcionadas aos soldados inimigos. O efeito esperado era que todos os alvos atingidos tivessem convulsões fotoepiléticas, ou seja, causadas pelo efeito frenético das luzes no cérebro.
O relatório das Forças Armadas norte-americanas onde esse plano está descrito, datado de 1998, revela que a arma era inspirada em um episódio da primeira temporada do anime Pokémon.
Exibido em dezembro de 1997 no Japão, o episódio em questão trazia uma cena em que Pikachu lançava seu famoso Choque do Trovão contra mísseis teleguiados, causando uma explosão e fazendo com que luzes vermelhas e azuis piscassem na tela em ritmo acelerado por cinco segundos. Após assistir à cena, mais de 600 crianças japonesas tiveram convulsões e desmaiaram em frente à TV, fazendo com que o episódio fosse censurado em outros países, como EUA e Brasil, e nunca fosse reprisado.
Olha o flash!
A arma, que não teve um formato definido, seria capaz de disparar luzes piscantes contra um ou mais soldados ao mesmo tempo, repetindo o que foi feito na TV com o ataque do ratinho elétrico.
Cegado pelas luzes
O estímulo visual com flashes repetitivos muda o ritmo de atividade dos neurônios de certas regiões do cérebro. As ondas elétricas cerebrais se alteram e o alvo sofre convulsões, podendo perder a consciência.
FONTES Tarsila Antunes Broner, neurologista do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo