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O que é uma torção de testículo?

O negócio vai doer até na sua alma, mas, se for tratado rapidamente, não deixará sequelas

Por Amauri Arrais
Atualizado em 22 fev 2024, 10h14 - Publicado em 13 abr 2017, 12h40
(Érika Onodera/Mundo Estranho)

A imagem acima ilustra um testículo torcido e outro normal. A torção acontece quando um canal chamado cordão espermático, que liga os testículos ao abdome, acidentalmente rotaciona e “torce”. Por esse cordão passam veias, nervos, vasos linfáticos, a artéria testicular e o canal deferente (que conduz os espermatozoides). Como ele é móvel, pode torcer com uma rotação brusca de um dos testículos. Isso acontece, principalmente, entre jovens com até 25 anos. Em muitos garotos, a túnica vaginal – isso mesmo, vaginal, um tecido que reveste o cordão e os testículos – é mais frouxa, o que deixa as bolas mais soltas e sujeitas a se movimentar. As principais causas são pancadas ou a movimentação na região durante o sono, quando é comum, nessa idade, ter mais ereções. Elas provocam contrações do cremaster, um músculo do saco, provocando giros de até 720o. (Ai!)

(Érika Onodera/Mundo Estranho)

1) EMERGÊNCIA SACAL
Quando a torção acontece, é comum acordar com uma dor intensa no saco, que incha. A irrigação do testículo fica comprometida e é comum sentir náusea e vômitos. O doente deve ser levado imediatamente a um pronto-socorro. Quanto mais tempo passar, maior o risco de a bola necrosar pela falta de sangue – se isso acontecer, ela precisará ser removida

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2) BOLADÃO
O ideal, para não sofrer sequelas, é que o paciente seja atendido até seis horas depois dos primeiros sintomas. Passadas mais de seis horas dos primeiros sintomas, no entanto, não há garantia de recuperação. Caso seja tarde demais para salvar o testículo torcido, ele é removido e uma prótese de silicone é colocada no lugar, para evitar que o adolescente passe constrangimento. Quem retirar os dois testículos tem que tomar testosterona, o hormônio masculino, para o resto da vida

3) DISTORCENDO O FATO
No hospital, o médico faz um ultrassom para detectar se há ausência de fluxo sanguíneo no testículo. Confirmada a torção, ele pode tentar distorcer o cordão manualmente, girando a bola por fora mesmo, ou partir direto para a cirurgia. Neste último caso, o procedimento é simples: anestesia, abertura do escroto, distorção e fixação do testículo. O processo não dura mais que 30 minutos

FONTE Livro Sobotta – Atlas de Anatomia Humana, de Johannes Sobotta
CONSULTORIA Davi Cardoso, urologista

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