O que os cientistas sabem é que a nossa galáxia, a Via Láctea, é apenas uma das 100 bilhões de galáxias existentes no universo observável que nossos instrumentos conseguem detectar. A nossa vizinhança, que você confere nestas páginas, é o chamado Grupo Local, uma região do Cosmo com pouco mais de 30 galáxias (sistemas com milhões, bilhões ou trilhões de estrelas). Esse quadrado do espaço têm cerca de 3 milhões de anos-luz de “lado”, algo como 28 quintilhões de quilômetros – o número 28 seguido de 18 zeros! Parece muito, mas esse pedaço é ridiculamente pequeno comparado com a imensidão do Universo. Se o universo conhecido pelo homem fosse um campo de futebol, o Grupo Local teria míseros 2 centímetros de extensão. Não daria nem para atravessar a faixa de cal! As maiores galáxias da região são Andrômeda, a nossa Via Láctea e a M33. As outras são satélites de uma das três.
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– Qual é a origem do universo?
– Qual é o formato do universo?
SCULPTOR
Satélite da Via Láctea, a Sculptor foi a primeira galáxia do tipo anã esferoidal (galáxia pequena em formato circular) a ser descoberta, em 1938. O americano Harlow Shapley foi o responsável pelo achado
FORNAX
Irmã gêmea de Sculptor, ela tem o mesmo formato esferoidal e também é um satélite da Via Láctea. A diferença é que ela está quase duas vezes mais longe. Assim como Sculptor, Fornax também é visível com qualquer telescópio amador
NUVENS DE MAGALHÃES
Estas duas galáxias irregulares que orbitam a Via Láctea podem ser vistas a olho nu, como duas nuvens brancas no céu. Quem primeiro as observou foram os persas, mas o nome homenageia o português Fernão de Magalhães, que trouxe a descoberta para o Ocidente
VIA LÁCTEA
Nossa casa no Universo, a Via Láctea foi identificada como galáxia pela primeira vez pelo grego Demócrito (450 a.C. – 370 a.C.). Ela é a segunda maior do Grupo Local e acredita-se que pode ter sido maior: alguns astrônomos especulam que as Nuvens de Magalhães podem ter se desgarrado dela
TRIANGULUM (M 33)
Apesar de ser a terceira maior galáxia do Grupo Local (atrás de Andrômeda e da Via Láctea), pode ser que ela esteja se movendo ao redor de Andrômeda, o que faria dela mais um satélite. Tem possivelmente uma pequena galáxia- satélite, a Peixes
NGC 185
Esta galáxia anã é considerada a “irmã menor” da NGC 147, pois ambas se movimentam ao mesmo tempo ao redor de Andrômeda. Assim como a NGC 147, a 185 é visível da Terra com o auxílio apenas de telescópios amadores. As duas são as galáxias mais brilhantes dentre as dezenas que orbitam Andrômeda
NGC 147
É a galáxia-satélite mais brilhante de Andrômeda, o que não é suficiente para tirá-la da categoria das galáxias anãs – a classificação leva em conta o brilho e a distância da galáxia. Ela foi descoberta pelo britânico John Herschel, em 1829, por meio de observações com telescópio
ANDRÔMEDA
Esta galáxia tem a mesma forma que a Via Láctea, mas o dobro do tamanho (conta com 1 trilhão de estrelas), o que faz dela a maior da nossa vizinhança. Pela conta dos astrônomos, pode ser que ela e a Via Láctea entrem em colisão. Mas não se preocupe: isso só deve acontecer daqui a 3 bilhões de anos…
E NO FIM DO MUNDO…
Objetos de extrema luminiosidade, os quasares estão situados nos confins do universo conhecido pelo homem. Os mais distantes estãoa 15 bilhões de anos-luz de nós. Este da imagem, o 3C 273, é o mais brilhante já observado e está mais pertinho, a “apenas” 2 bilhões de anos-luz. Até hoje, ninguém sabe ao certo o que esses corpos celestes são. Os cientistas levantam algumas suspeitas: um quasar pode ser uma estrela, galáxia ou buraco negro.