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Para que serve o vodu?

Essa prática religiosa, que surgiu na África, consiste em agradar e louvar seres espirituais para obter pedidos como saúde, dinheiro e amor

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h08 - Publicado em 20 dez 2017, 12h27

Para pedir proteção, afastar inimigos, alcançar o amor ou o sucesso financeiro e profissional. O vodu é muito mais que um boneco com alfinetes espetados. Trata-se de uma prática religiosa, na qual os seguidores entram em contato com o mundo espiritual para pedir orientação e resolver problemas do dia a dia. Os rituais e os nomes dos deuses variam bastante, mas a essência é bem parecida com a do candomblé do Brasil. Isso porque essas crenças surgiram na mesma época e na mesma região da África: no século 4 a.C., na faixa de terra que hoje vai de Gana até a Nigéria. Com a migração forçada de escravos para as Américas, cada região desenvolveu variações da matriz africana.

Nos ritos africanos

Conheça os diferentes tipos de vodus e os rituais de oferenda que podem envolver matança e sangue

Mulheres no comando
As cerimônias de batizado, casamento e funeral são regidas por sacerdotisas. Assim como no candomblé, é comum as mulheres liderarem as casas e delegarem aos homens funções como tocar tambores

Mortos escravizados
Alguns sacerdotes, os bokors, podem trazer mortos de volta à vida como uma forma de punição. Eles desenterram o defunto e o invocam. O morto pode viver por dois dias para cumprir tarefas – desde matar alguém a ajudar em serviços (essa crença deu origem aos zumbis do cinema). Para que o defunto cumpra as tarefas, o sacerdote ameaça atormentar sua alma. Depois, o corpo do morto é queimado para que não se torne escravo de novo

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Seres da força
Os seguidores do vodu acreditam na existência de voduns (ou loas) – seres espirituais. Eles representam as forças da natureza. Para fazer contato, é preciso agradar as entidades com alimentos ou bebidas (os despachos). Também é possível ter contato direto quando os voduns incorporam no corpo de médiuns

Louvor aos espíritos
Existem rituais específicos para cada tipo de loa e para diferentes objetivos: sucesso no trabalho, saúde, amor, proteção, vingança etc. Cada família louva seus próprios ancestrais. A homenagem pode envolver a construção de altares e até cerimônias com música e incorporação

Legumes ou sangue
Cada vodun recebe uma oferenda: pode ser um prato preparado com vegetais ou o sangue de algum animal. Nesse caso, o fiel procura o sacerdote, que coordena o ritual para matar o bicho (galinhas, cabras, bodes e até bois) do jeito certo: cortando o pescoço e deixando o sangue correr sobre a comida ofertada. O animal sangra até morrer. O coração e o fígado servem de oferenda e o resto é aproveitado em almoços com a comunidade

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Matança ao vivo
Durante as cerimônias, que costumam ser abertas à população, os médiuns são incorporados por espíritos, que conversam com as pessoas e recebem as oferendas. Em alguns casos, as entidades podem matar animais, mastigar a carne e tomar o sangue durante a celebração

Boneco espetado
Os famosos bonecos de vodu são como amuletos e atraem sorte, saúde, dinheiro, amor… Eles são decorados com diferentes cores, dependendo do pedido da pessoa, e devem ser colocados em uma estante dentro de casa. Diante dele, o fiel deve repetir seu pedido todos os dias. O boneco pode até ser usado para afastar alguém, mas espetar agulhas não faz ninguém sentir dor. A lenda foi disseminada pelo cinema e por quem não conhece a religião

Contato direto
Os espíritos que aparecem nos rituais dão recomendações para que a família consiga o que busca. Quando indicam que o filho tome um banho de ervas, por exemplo, é fundamental que ele cumpra – caso contrário, o pedido não se realiza e a tarefa será bem mais complicada na próxima vez

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FONTES Livros Tell My Horse: Voodoo And Life in Haiti And Jamaica, de Zora Neale Hurston; The Voodoo Encyclopedia, de Jeffrey E. Anderson

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