Para que servem as roupas especiais?
Elas impressionam, mas não há comprovação científica de que essas roupas façam diferença mesmo, além dos testes feitos pelos próprios fabricantes. A única modalidade em que os resultados são incontestáveis é o ciclismo. Hoje, a bicicleta e o ciclista têm, juntos, um coeficiente aerodinâmico próximo de 0,20. Quanto menor for esse número, maior é a […]
Elas impressionam, mas não há comprovação científica de que essas roupas façam diferença mesmo, além dos testes feitos pelos próprios fabricantes. A única modalidade em que os resultados são incontestáveis é o ciclismo. Hoje, a bicicleta e o ciclista têm, juntos, um coeficiente aerodinâmico próximo de 0,20. Quanto menor for esse número, maior é a eficiência na hora de “furar o ar”. Para comparar, uma bicicleta normal tem coeficiente 0,80 e um Porsche, 0,28. No caso das roupas de atletismo não é fácil avaliar os resultados. A maior fabricante afirma garantir um aumento de 2% no rendimento dos atletas. Grosso modo, isso daria uma melhora de 2 décimos de segundo numa prova de 100 metros. Uma meta ambiciosa: em Sydney-2000 a diferença entre o vencedor e o segundo colocado nos 100 metros masculinos foi de 1,2 décimo. “Mas não dá para tirar conclusões em cima dos resultados obtidos na pista. Os que usam as roupas especiais, afinal, já seriam os favoritos sem elas. Não há consenso sobre a eficácia desses trajes”, diz o treinador de atletismo Nélio Moura. Para o nadador Gustavo Borges, a maior vantagem das “roupas rápidas” na piscina é psicológica. “Se você está sem esse tipo de traje onde todo mundo está usando, sua autoconfiança cai”, diz Gustavo.
Trajes buscam diminuir atrito com o ar e com a água
The flash
A criação das roupas de atletismo é a mais complicada. É preciso pensar nas dobras de tecido causadas pelas articulações para vencer a resistência do ar. Pesquisam-se também materiais mais leves e que não esquentem o corpo – ou mesmo que ajudem a refrescar o atleta
Fórmula bike
A velocidades acima de 60 km/h a resistência do ar torna-se considerável. Por isso os equipamentos do ciclismo são desenvolvidos em túneis de vento, na busca por formas mais aerodinâmicas. E tem funcionado: hoje, um ciclista com capacete em forma de gota, que nem este aí em cima, rompe o ar com mais eficiência que um carro esportivo
Acquamen
Essas dobras microscópicas, em forma de V, ajudariam a reduzir a turbulência com a água, diminuindo o esforço do nadador. A fabricante Speedo afirma que um traje de corpo inteiro permite ao atleta “furar a água” de forma 8% mais eficiente do que se ele estivesse de sunga