Por que alguns casais não conseguem ter filhos?
Por vários motivos, desde a baixa quantidade de espermatozoides a problemas no útero da mulher. Estudos dizem que o problema pode estar no homem (35% dos casos), na mulher (50%), em ambos (5%) e, algumas vezes, as causas não são diagnosticadas (10%). Mesmo em condições normais, engravidar não é tão fácil quanto parece. Qualquer alteração […]
Por vários motivos, desde a baixa quantidade de espermatozoides a problemas no útero da mulher. Estudos dizem que o problema pode estar no homem (35% dos casos), na mulher (50%), em ambos (5%) e, algumas vezes, as causas não são diagnosticadas (10%). Mesmo em condições normais, engravidar não é tão fácil quanto parece. Qualquer alteração no processo de ovulação e fecundação pode impedir a gravidez. Por isso, a chance de uma mulher engravidar se mantiver relações sexuais durante o período fértil é de apenas 20%. “A Organização Mundial da Saúde recomenda que, depois de 12 meses de tentativa sem sucesso, os casais procurem um médico para investigar possíveis causas de infertilidade”, diz Ana Lúcia Beltrame, ginecologista, obstetra e diretora da clínica de reprodução humana Engravida.
Causas de infertilidade são apenas duas entre homens; mulheres são mais complicadas
NO HOMEM
Pouco espermatozoide
Um homem normal possui, em média, 20 milhões de espermatozoides por ml de sêmen. Mas alguns caras que não têm esse número de células (oligospermia) ou nem chegam a fabricá-las (azoospermia)
Esperma inútil
Alguns homens até têm um bom número de espermatozoides, mas os bichinhos apresentam problemas de formação ou de locomoção. Na hora H ficam completamente perdidos, sem saber aonde ir, ou ficam imóveis. Para que ocorra a fecundação, o ideal é que pelo menos 50% dos espermatozoides sejam bem espertinhos
NA MULHER
Endometriose
O endométrio é a camada que reveste o útero – na gravidez, é lá que o embrião se implanta. Quando rola essa doença, as células do endométrio se fixam na região das trompas e ovário, gerando alterações anatômicas e inflamações que não deixam o embrião ficar sossegado no útero
Ovulação alterada
Nos ovários são produzidas as células reprodutivas, os óvulos. Em mulheres com ovários policísticos, esses óvulos ficam retidos e formam pequenos cistos na superfície do órgão, dificultando a gravidez. Também existem casos de ovulação irregular e até casos em que esse processo não acontece
Trompas/útero
É nas trompas que rola o encontro entre espermatozoide e óvulo. Qualquer obstrução nesse local pode impedir o momento mágico da fecundação. Se a mulher tiver má-formação do útero ou problemas com miomas e pólipos – tumores benignos -, fica difícil engravidar
Outros
Outro problema que pode rolar no corpo da mulher é a falta de muco cervical, uma secreção produzida pelo colo do útero que ajuda na locomoção e sobrevivência dos espermatozoides. Alterações no sistema imunológico também podem fazer com que a mulher crie anticorpos contra os espermatozoides
Tratamentos vão desde agendar a hora do sexo até fazer bebê em laboratório
Relação sexual programada
1. Com a ajuda de injeções de hormônios, os ovários da mulher são estimulados a produzir e liberar óvulos
2. Exames de ultrassonografia mostram o amadurecimento das células e o momento em que elas são liberadas
3. Começa o período fértil, a hora certa para os espermatozoides entrarem em ação. Quanto mais, melhor…
Inseminação intrauterina
1. A produção e a liberação de óvulos são estimuladas por meio de injeções com medicamentos à base de hormônios
2. No dia mais fértil da mulher, o sêmen do parceiro é recolhido. No laboratório, são escolhidos os espermatozoides com mais chances de fertilização
3. Os seletos espermatozoides são injetados próximo às trompas da mulher. Depois, é só torcer para que a fecundação aconteça naturalmente
Fertilização in vitro
1. A produção de óvulos é estimulada e, antes que a ovulação ocorra, o líquido folicular (onde ficam os óvulos) é retirado e isolado
2. Depois, os espermatozoides são retirados do sêmen e injetados em cada óvulo. A fecundação acontece em laboratório, e não no corpo da mulher
3. Alguns dos embriões formados são colocados dentro do útero da mulher (no máximo quatro!) e o restante, se houver, é congelado