O bicho realmente tem uma artimanha especial: suas penas são cobertas por uma camada de óleo que as torna impermeáveis. Essa secreção oleosa é uma cera produzida pela glândula uropígea, localizada embaixo da cauda.
Com seu bico, a ave retira o óleo e o espalha pelo corpo. “Para afogar um pato, é só lavá-lo com detergente”, afirma a veterinária Arani Nanci Bonfim Mariana, da USP. “Sem a proteção dessa cobertura oleosa, as penas ficam encharcadas e ele pode afundar. Além disso, a fina camada de ar entre as penas e o corpo – que permite que a ave flutue – desaparece, piorando ainda mais a situação”, diz ela. A glândula uropígea está presente em praticamente metade das aves, como galinhas, canários e pardais.
A cera produzida por ela também é importante para manter as penas limpas e proteger da chuva.