Quais são os signos nos horóscopos árabe, indiano e maia?
Para descobrir a influência dos astros na vida humana, tradições antigas lançaram seus zodíacos, baseados num grande cinturão celeste
O zodíaco que conhecemos hoje, ocidental, nunca foi o único. Outas civilizações e culturas também olhavam para o céu e tentavam imaginar a influência dos astros na vida humana.
Para entender a roda acima, é preciso esquecer Copérnico. Convém usar também a imaginação para viajar a um mundo sem computadores de cálculo ou telescópios caseiros a preços acessíveis. A astrologia ignora o fato de que o Sol não se move em torno dos planetas, mas o contrário. A disciplina é geocêntrica e coloca a Terra no centro de tudo, com todos os astros se mexendo em torno dela – que é o que parece ocorrer quando observamos océu daqui de baixo. Foi a partir daí que, em cada tradição, micro e macrocosmo se uniram.
Confira mais detalhes sobre cada zodíaco abaixo.
ZODÍACO OCIDENTAL
(anel verde claro)
Três mil anos atrás, os babilônios olharam para o céu dispostos a acompanhar a trajetória do Sol. Viram que ele nascia próximo de certas estrelas e planetas por um tempo e, depois, mudava de vizinhos. O mesmo ocorria com a Lua: os ângulos que ela fazia variavam. A partir dessa observação, os antigos definiram 12 “retratos” do céu numa sequência que se repete. Assim, dividiram o calendário. O zodíaco é, portanto, o conjunto de constelações que aparecem no caminho percorrido pelo Sol.
ZODÍACO ÁRABE
(anel roxo)
A astrologia sempre foi importante na história do Oriente Médio. O próprio símbolo do Islã, presente na bandeira de vários países muçulmanos e que tem uma Lua crescente colada a uma estrela, é, na verdade, o planeta Vênus. Assim como o zodíaco ocidental, o árabe, criado entre 750 e 1550 d.C., também é composto de 12 signos que descrevem características humanas. Eles são representados por armas curtas, médias ou longas.
Signos:
Punhal: de 21/3 a 20/4
Clava: de 21/4 a 21/5
Maçã de Ferro: de 22/5 a 21/6
Facão: de 22/6 a 22/7
Espada: de 23/7 a 23/8
Faca: de 24/8 a 23/9
Corrente: de 24/9 a 23/10
Punhal árabe: de 24/10 a 22/11
Arco: De 23/11 a 21/12
Lança: de 22/12 a 20/1
Funda: de 21/1 a 18/2
Machado: de 19/2 a 20/3
ZODÍACO MAIA
(anel vermelho)
Os povos maias demonstravam interesse pela astrologia já no ano 800. Assim como os astecas, também observavam as constelações do alto de enormes torres de pedra durante a noite e guiavam seus rituais pelo que viam. Eles usavam um calendário baseado no ciclo lunar, e não solar, que possuía 13 meses com 28 dias cada. Os meses também recebiam o nome de animais selvagens da floresta mexicana.
Signos:
Macaco: de 10/1 a 6/2
Falcão: de 7/2 a 6/2
Jaguar: de 7/3 a 3/4
Raposa: de 4/4 a 1/5
Serpente: de 2/5 a 29/5
Esquilo: de 30/5 a 26/6
Tartaruga: de 27/6 a 25/7
Morcego: de 26/7 a 22/8
Escorpião: de 23/8 a 19/9
Veado: de 20/9 a 17/10
Coruja: de 18/10 a 14/11
Pavão real: de 15/11 a 12/12
Lagarto: de 13/12 a 9/1
ZODÍACO INDIANO
(anel rosa)
Nascido na índia e mencionado nas escrituras sagradas Vedas, o Jyotish nada tem a ver com a astrologia ocidental, exceto pelo fato de possuir 12 signos (rashi) e 12 casas. Seus cálculos se baseiam em estrelas fixas, e não a partir de um equinócio, como no nosso. Na Índia, ainda há escolas de Ayurveda, a tradicional medicina do país, que usam o Jyotish para tratar os pacientes. Eles consideram que conhecer os planetas de influência é um ponto tão importante do exame como, por exemplo, medir o pulso.
Signos:
Mesha: de 14/4 a 13/5
Vrishbaha: de 14/5 a 13/6
Mithuna: de 14/6 a 14/7
Karkataka: de 15/7 a 15/8
Shimha: de 16/8 a 15/9
Kanya: de 16/9 a 15/10
Thula: de 16/10 a 14/11
Vrishkha: de 15/11 a 14/12
Dhanus: de 15/12 a 14/1
Makara: 1de 15/1 a 12/2
Khumbha: de 13/2 a 12/3
Meena: de 13/3 a 13/4
LEGENDAS
1. Como estava o céu em eventos importantes como terremotos ou secas? As respostas deram origem às primeiras associações de signos e fenômenos
2. Eclíptica – assim se chama o desenho que o Sol parece fazer ao redor da Terra, visto daqui. Foi dividida por constelações: a cada uma corresponde um signo
3. Os conjuntos de estrelas cujas formas lembram animais e objetos da Terra foram chamados de constelações e nomeados pela aparência