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Qual foi a batalha mais heróica da Antiguidade?

Por Roberto Navarro
Atualizado em 22 fev 2024, 11h23 - Publicado em 18 abr 2011, 18h35

Foi a batalha de Termópilas, na Grécia, uma sangrenta luta que aconteceu em 480 a.C. De um lado, 300 mil homens do Exército persa, que ambicionava conquistar a Grécia. De outro, uma pequena força de soldados gregos liderados por 300 guerreiros espartanos, episódio retratado no filme 300, que estréia neste mês nos cinemas. Dono do maior império da época, o rei persa Xerxes avançou com a enorme tropa pela Grécia continental rumo a Atenas, no sul do território. A investida, porém, esbarrou na heróica resistência grega em Termópilas, numa batalha que durou três dias e terminou com a morte de todos os defensores. Apesar da vitória persa na batalha de Termópilas, o grande número de mortes causadas por uma força defensiva tão pequena desmoralizou as forças de Xerxes e atrasou a ofensiva para controlar a Grécia central. Graças ao sacrifício liderado pelos 300 espartanos, as tropas gregas tiveram tempo para se rearticular e vencer confrontos decisivos contra os persas, em uma guerra que só se encerraria 12 anos depois – com a vitória dos gregos.

Daria um filme Resistência grega segurou na raça um exército 43 vezes maior

1. Dominando dois terços do mundo conhecido na época, 300 mil persas comandados pelo rei Xerxes partiram para a conquista da Grécia cruzando o estreito de Dardanelos, na atual Turquia, e exigindo a rendição das cidades-Estado gregas

2. Gregos de Atenas e Esparta decidiram resistir. Para tomar Atenas, os persas teriam de atravessar o desfiladeiro das Termópilas, uma espécie de “funil” para o sul do país. Os 7 mil guerreiros gregos incluíam 300 espartanos, liderados pelo rei Leônidas

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3. Na Antiguidade, Termópilas era um desfiladeiro estreito, atravessado por uma trilha com largura para passagem de apenas uma carroça, e protegido por três muralhas baixas. Era o lugar ideal para os gregos resistirem

4. A área reduzida impedia que os persas usassem sua tática principal, os ataques de cavalaria. A saída foi usar armamentos leves, como lanças curtas de madeira e adaga (uma espécie de punhal) e recorrer à precisão das flechas de seus arqueiros

5. As armas gregas eram mais eficientes para as condições da batalha. Escudos de madeira repeliam as flechas, e lanças com quase 3 metros de comprimento, nas mãos de soldados superbem treinados, evitavam a aproximação dos inimigos. Essa “retranca” grega segurou a horda persa por dois dias

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6. A resistência grega só ruiu por causa da traição de um pastor grego chamado Epyaltes. Por ambição ou por vingança contra os compatriotas (não há consenso sobre o motivo), ele mostrou aos persas uma trilha que circundava o desfiladeiro e permitia chegar à retaguarda dos gregos

7. Na manhã do terceiro dia, tropas persas surgiram atrás das linhas gregas. Para evitar perdas desnecessárias, o rei Leônidas ordenou que a maioria dos soldados voltasse para suas cidades, mantendo sob seu comando os 300 espartanos, reforçados por 700 aliados

8. Mesmo cercados pela frente e por trás, os gregos liderados pelos 300 de Esparta lutaram com bravura. Mas era uma batalha suicida, e não demorou para Leônidas cair morto. Seu cadáver foi capturado pelos persas e sua cabeça exposta numa estaca

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9. Para aniquilar completamente os gregos, o rei persa Xerxes ordenou a retirada dos soldados e chamou seus melhores arqueiros, que com suas flechas liquidaram os últimos guerreiros. No confronto, Xerxes perdeu 10 mil homens, incluindo dois de seus irmãos

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