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Qual foi a múmia mais antiga já encontrada por arqueólogos?

Qual foi a múmia mais antiga já encontrada por arqueólogos? Ana Carolina da Silva Laureano, São Bernardo do Campo, SP As múmias mais antigas de que se tem registro foram feitas há mais de 7 mil anos pelo povo chinchorro, que habitava uma faixa litorânea do território hoje ocupado por Chile e Peru. Em 1917, […]

Por Tiago Jokura
Atualizado em 22 fev 2024, 11h28 - Publicado em 18 abr 2011, 18h24

Qual foi a múmia mais antiga já encontrada por arqueólogos?

Ana Carolina da Silva Laureano,

São Bernardo do Campo, SP

As múmias mais antigas de que se tem registro foram feitas há mais de 7 mil anos pelo povo chinchorro, que habitava uma faixa litorânea do território hoje ocupado por Chile e Peru. Em 1917, o arqueólogo alemão Max Uhle encontrou os primeiros exemplares e, de lá para cá, já foram desencavados 282 corpos em diferentes níveis de conservação – 149 mumificados pelos chinchorros e 133 conservados naturalmente pelo clima árido do deserto de Atacama. Nossos ancestrais sul-americanos foram os primeiros a criar um método de mumificação – cerca de 2 mil anos antes dos egípcios -, usado durante 3 500 anos, com algumas modificações ao longo desse período. A técnica mais antiga, que serviu de base para outras duas criadas posteriormente, consistia em “esvaziar” o corpo, preenchê-lo com grama seca e cobri-lo com uma massa natural pintada de preto. Veja o processo detalhadamente no infográfico ao lado. : ]

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Morto vivo
Conheça a técnica usada por mais de 3 500 anos

1. O processo de mumificação começava com a limpeza interna do tronco. Todas as vísceras (intestinos, bexiga, fígado etc.) eram retiradas. Pés e mãos eram separados do corpo e mantidos intactos – secos ao sol, resistindo por alguns dias – para serem reincorporados depois

2. Com uma faca de pedra, retirava-se a pele, conservando-a em água salgada. Músculos, nervos, gorduras e os olhos eram retirados e descartados. A mandíbula era separada do crânio para facilitar a retirada do cérebro pela parte de baixo da cabeça

3. Montes de junco eram amarrados aos ossos dos braços e pernas, formando feixes rígidos. As cordas também serviam para amarrar mãos e pés de volta ao corpo, fixar a mandíbula e sustentar um galho comprido, atado dos pés à cabeça da múmia pelo eixo da coluna

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4. O tronco vazio era recheado com grama seca misturada a uma pasta feita com cinzas, água e uma liga de proteína – sangue de leão-marinho ou ovos de pássaro cumpriam esse papel. A cavidade cerebral era preenchida com palha seca

5. A mesma pasta cinzenta era usada para revestir e modelar o corpo. A camada que cobria o rosto formava uma máscara com olhos, nariz e boca. Sobre a pasta, era reaplicada a pele, retirada lá no começo. Se faltasse pele, usava-se pele de leão-marinho como remendo

6. Os retoques finais da produção incluíam uma camada de tinta preta – produzida com um tipo de areia da praia, rica em manganês – aplicada com um pincel feito de finas lâminas de grama. Uma peruca feita com cabelos humanos curtos completava o look da múmia

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