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Rasputin, o místico que abalou o czarismo na Rússia

O excêntrico e ambicioso camponês passou por seitas e peregrinações até atingir o ápice de sua carreira de manipulação: controlar a monarquia russa.

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h22 - Publicado em 22 set 2016, 17h11

Grigori Yefimovich Rasputin (1869-1916) nasceu em um vilarejo na Sibéria e passou a juventude como ladrão, bêbado, mulherengo e líder de gangues. Para surpresa geral, partiu em peregrinação ao aderir a uma seita que pregava que só alguém cheio de pecados poderia se arrepender de verdade.

O peregrino Rasputin incentivava flagelação e orgias ritualísticas, se apresentava como via de acesso ao pecado da carne e convencia as garotas por onde passava. Criou uma aura de mistério em volta de si, a fim de que o vissem como um poderoso místico.

Em 1903, chega a São Petersburgo. Por causa de sua reputação como homem santo e curandeiro, é acolhido, por incrível que pareça, pela Igreja Ortodoxa. Seus contatos religiosos lhe deram a brecha necessária para começar a circular pela corte, entre a aristocracia e a realeza russa.

Alexei, o jovem herdeiro do trono, tinha sangramentos frequentes por causa de uma hemofilia. No fim de 1906, o “monge” Rasputin é chamado ao palácio pela imperatriz e consegue controlar a hemorragia do rapaz. A partir daí, ele ganhou a confiança da família Romanov.

Por seus cuidados frequentes com Alexei, tornou-se protegido da czarina Alexandra, e uma espécie de conselheiro informal da família real russa. Impunemente, passa a assediar e humilhar as mulheres da corte, além de indicar pessoas para cargos governamentais, seguindo seus interesses.

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No início da Primeira Guerra, o primeiro-ministro, inimigo declarado de Grigori, é morto misteriosamente. Suspeitas de que Rasputin seria amante da czarina e rumores de que era ele quem dava as cartas no império começam a enervar a população russa.

O czar Nicolas II segue para o campo de batalha e o poder da czarina aumenta. Decisões equivocadas causam derrotas militares e membros do governo e da corte pedem a cabeça do conselheiro Rasputin.

Em dezembro de 1916, Rasputin é envenenado e baleado nos porões do palácio de um primo do czar, durante uma festa. Seu corpo, desfigurado e castrado, é achado à beira de um rio congelado. Poucos meses após a sua morte, a revolução russa derruba a monarquia.

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