Rodney Alcala, o assassino do “Namoro na TV”
Rodney Alcala ficou famoso ao aparecer em um programa que juntava casais, mas seu charme era apenas um disfarce para sua psicopatia
FICHA CRIMINAL
Nome – Rodney James Alcala (1943-)
Local de atuação – Condado de Los Angeles e Nova York (EUA)
Mortes – 7 confirmadas, suspeito de mais de 100
1. Rodney Alcala nasceu em San Antonio, no estado do Texas, em 23 de agosto de 1943. Quando ele tinha 8 anos, a família se mudou para o México, a pedido da avó materna, e ficou até 1954, quando o pai foi embora. Sem dinheiro, a única opção da mãe de Rodney foi retornar com ele e os outros três filhos aos EUA, recomeçando a vida em Los Angeles
2. Nos anos seguintes, Alcala teve muitos amigos e namoradas. Aos 18, tornou-se escriturário em uma base militar no estado da Carolina do Norte, mas não cultivava boas relações com os colegas de trabalho. Em 1963, sofreu um abrupto colapso mental e recebeu baixa médica. Ele foi diagnosticado com um grave transtorno antissocial de personalidade
3. Retornando para casa, decidiu matricular-se na Escola de Belas-Artes da Universidade da Califórnia em 1964. E foi no fim da graduação, em 1968, que cometeu seu primeiro crime registrado: sequestrou e estuprou uma garota de 8 anos. Ele tentou asfixiá-la com uma barra de ferro, mas a polícia a encontrou antes que fosse morta. Alcala escapou e mudou o nome para John Berger
4. Agora em Nova York, Alcala sustentou-se como fotógrafo e ficou foragido até 1971, quando duas crianças o denunciaram ao ver seu rosto na lista de procurados do FBI. Julgado na Califórnia pelo caso de estupro, recebeu uma pena leve pela falta do testemunho da vítima. Foi solto em 1974, mas logo infringiu a condicional, por sequestrar e oferecer drogas a uma jovem, o que lhe custou mais três anos preso
5. Solto em 1977, Alcala virou tipógrafo na redação do jornal Los Angeles Times. Foi quando iniciou sua série de crimes fatais. Ele abordava mulheres no centro e no litoral de Los Angeles, convidando-as para ensaios particulares, a fim de atualizar o seu portfólio. Nessas investidas, assassinou três mulheres entre novembro de 1977 e junho de 1978. Ele as estuprou, mutilou seus genitais e as estrangulou até a morte
6. Para piorar, o assassino tinha sorte. Longe de estar sob suspeita, ele participou do programa de namoro The Dating Game, que ignorou sua ficha criminal – ele foi descrito como um fotógrafo amante de motocicletas e paraquedismo. No programa, conquistou a pretendida Cheryl Bradshaw e ganhou um encontro romântico com ela. Mas ela desistiu do prêmio por sentir algo assustador no homem
7. Alcala só voltou a atacar em junho de 1979. Assim como antes, estuprou, mutilou e estrangulou uma mulher de 21 anos e uma menina de 12, após se apresentar como fotógrafo. Porém, uma série de provas no último caso (como testemunhos e retratos falados) levou a polícia a prendê-lo em julho do mesmo ano, escondido na casa da mãe
8. Investigações posteriores levaram as autoridades a um depósito que ele alugava em Seattle, no estado de Washington. Nele acharam mais de 1.700 fotos e negativos de mulheres e crianças que posaram para as lentes de Alcala. O fato levou a polícia a suspeitar, até hoje, que ele talvez tenha feito mais de uma centena de vítimas
9. Alcala foi condenado à morte pelo último assassinato, mas conseguiu anular a sentença duas vezes, em 1984 e 2001. No terceiro julgamento, em 2010, as outras quatro mortes em Los Angeles foram adicionadas ao processo e ele recebeu a pena capital novamente. E mais: novas provas genéticas também o relacionaram ao assassinato de duas mulheres em Nova York em 1971 e 1977. Considerado culpado, pegou mais 25 anos de prisão naquele estado
QUE FIM LEVOU?
Hoje com 73 anos, Alcala está no corredor da morte da Prisão Estadual de Corcoran, Califórnia. A polícia ainda tenta identificar as pessoas fotografadas por ele, em busca de possíveis vítimas
FONTES Livros The Dating Game Killer, de Stella Sands, e Crimes of the Centuries, de Steven Chermak e Frankie Bailey; sites Murderpedia, Criminal Minds, About News, Daily Mail, Los Angeles Times, Los Angeles Weekly e Los Angeles Police Department