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Wayne Williams, o serial killer que se tornou o “Monstro de Atlanta”

"O Monstro de Atlanta" espancava e asfixiava garotos negros e desovava os corpos em um rio da cidade

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h17 - Publicado em 31 jan 2017, 14h05

Wayne Williams (1958-) nasceu e foi criado no bairro de Dixie Hills, em Atlanta. Foi um bom aluno e nunca repetiu de ano. No fim do ensino secundário, mostrou grande interesse em se tornar um jornalista. Chegou a trabalhar em duas emissoras de rádio locais e sonhava ser agente e produtor musical.

Em maio de 1980, Williams foi abordado por policiais. Ele caminhava próximo ao rio Chattahoochee, e momentos antes, os oficiais tinham ouvido o barulho de um objeto grande caindo no rio. Rapidamente, porém, Williams conseguiu ser liberado – apresentou identidade e um falso telefone de contato. Dois dias depois, o corpo de Nathaniel Carter, 27 anos, foi encontrado no rio.

Williams tornou-se o principal suspeito de uma série de sumiços que aconteceram na região entre 1979 e 1981. A maioria das vítimas eram crianças negras, entre 8 e 15 anos – mas foram as vítimas mais velhas que acabaram botando o serial killer atrás das grades.  Mais de 30 desaparecimentos foram listados pela polícia, e o criminoso, até então desconhecido, ganhou o apelido de “Monstro de Atlanta“.

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Os principais alvos do assassino eram garotos com deficiência física ou mental ou que ele julgava serem homossexuais. Na maioria das vezes, ele os espancava até a morte e/ou os asfixiava. Depois, desovava os corpos no rio.

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Certa de que Williams era culpado, a polícia começou a segui-lo. Assim que possível, a polícia convocou Williams para uma sessão em um detector de mentiras… Que ele conseguiu driblar. Ainda que não tenha sido flagrado pelo aparelho, porém, acabou delatado pelo carro: manchas de sangue do mesmo tipo sanguíneo de Nathaniel Carter possibilitaram a prisão do suspeito, no dia 21 de julho de 1981.

O serial killer foi oficialmente acusado pela morte de Carter e de Jimmy Payne, 29 anos. Nesse segundo caso, Williams acabou denunciado pelo próprio cão: a perícia encontrou pelos do cachorros no corpo de Payne. Essas pequenas pistas também ajudaram a conectar Williams a outras vítimas: fibras correspondentes a roupas, carpetes e toalhas da casa do assassino foram sendo descobertas pelos cientistas forenses.

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Williams foi julgado em 1982 – a essa altura, iInvestigações ligavam Williams ao fim de mais de 25 jovens. Ainda assim, as evidências foram suficientes para condená-lo apenaspela morte de Carter e de Payne.

Em uma complicação final do caso, durante o julgamento, outro garoto foi achado no Chattahoochee. A defesa alegou que o verdadeiro culpado era o grupo racista Ku Klux Klan.

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Hoje com 61 anos, Wayne segue na penitenciária estadual de segurança máxima de Hancock, cumprindo as duas sentenças de prisão perpétua às quais foi condenado.

FONTES Site TruTV, vídeo Court TV The Atlanta Child Murders e livro The Atlanta Child Murders: The Night Stalker, de Jack Mallard

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