A conexão da insulina
Um estudo nos Estados Unidos mostrou que um certo tipo de célula mamária possui mais receptores de insulina do que o normal, acelerando o câncer da mama.
Os cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, queriam apenas estudar o diabete, doença caracterizada pela falta de insulina, o hormônio que autoriza as células a absorver a glicose da circulação. Mas, por acaso, ao se realizar uma complicada contagem de receptores de insulina nas células, surgiu uma importante revelação para os cancerologistas que se dedicam aos tumores de mama. O estudo californiano mostrou que certo tipo de célula mamaria possui mais receptores de insulina do que o normal. A insulina, como se sabe, tem a função secundária de provocar o crescimento – e o câncer é justamente a multiplicação desenfreada de uma célula.
O mais interessante, porém, é que os cientistas descobriram uma perigosa conexão da insulina com a progesterona, um dos principais ingredientes da pílula anticoncepcional. Até então, os médicos não viam nenhuma relação desse hormônio feminino com o câncer, porque ele não díspar o crescimento das células. Em compensação, segundo os pesquisadores, a progesterona também tem suas contra-indicações, porque pode multiplicar os receptores de insulina e, daí, indiretamente, prepararia o caminho à proliferação celular típica do câncer.