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A gripe ri da cara do álcool-gel

Desinfetar as mãos demora 4 minutos para fazer efeito contra o influenza – uma eternidade, do ponto de vista do vírus. E a culpa é toda do seu catarro.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 out 2019, 17h57 - Publicado em 21 out 2019, 19h21

O álcool-gel tem a capacidade incrível de fazer você se sentir imediatamente mais limpo, só de esfregar a substância na mão e sentir o conhecido geladinho.

Mas, se você se sente mais seguro e protegido de micróbios quando limpa as mãos com álcool em gel… Estamos aqui para acabar com a sua ilusão. Álcool-gel não vai te impedir de ficar doente – pelo menos quando o assunto é gripe.

Os primeiros estudos da eficácia do gel contra o vírus Influenza até davam motivo para um certo otimismo. Eles concluíram que, quando existia vírus influenza nas mãos das pessoas, e elas usavam o álcool gel, o bicho morria em 30 segundos.

Ou seja: se depois de um aperto de mão suspeito com alguém gripado, ela usasse o desinfetante cheirosinho, que dá para carregar na mochila, dificilmente transmitiria o vírus das mãos para as vias aéreas (como boca e nariz). Sem esse acesso privilegiado ao interior do nosso corpo, o risco de gripe cairia bastante.

O problema é que, nesse tipo de pesquisa, você sempre precisa aplicar uma amostra de vírus na mão do participante, certo? Só aí dá para saber que o vírus morreu. A questão é que os autores dos primeiros estudos colocavam algumas gotinhas de solução salina (água com sal, basicamente) contendo vírus, nas mãos de participantes com as mãos secas.

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Não é assim que acontece a transmissão de vírus de uma mão para a outra na vida real. Daí, um experimento da Universidade de Medicina de Quioto, decidiu simular um cenário mais verossímil.

A ideia é que, numa situação realista, o vírus chega na mão do gripado quando ele tosse, esfrega ou coça o nariz. Nesse caso, o vírus vem envolto em pequenas quantidade de catarro, e é nesse ambiente “grudento” que ele sai passeando de mão em mão.

Pois bem: os cientistas perceberam que os vírus “encapsulados” em catarro não morriam tão rápido quando entravam em contato com o álcool. Demoravam muito mais tempo: de 30 segundos, o tempo passou a 4 minutos inteiros.

A explicação é óbvia: o muco acaba protegendo o influenza por um intervalo maior, o que atrapalha bastante a eficácia de desinfetantes de mão comuns. Quatro minutos não parece grande coisa – mas, em uma epidemia de gripe, é mais que suficiente para você contagiar meia dúzia de outras mãos, ou encostar em um porção de lugares, deixando para trás um belo grupinho de vírus preparado para encontrar sua próxima vítima.

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