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As 10 maiores fraudes da indústria farmacêutica

Conheça dez casos em que as fabricantes de medicamentos foram condenadas por fraude — não teve remédio, tiveram que pagar.

Por Marcia Kedouk
Atualizado em 9 Maio 2018, 13h35 - Publicado em 9 Maio 2018, 13h27

Glaxo Smith Kline

Em 2012, a farmacêutica foi multada17 em US$ 3 bilhões, acusada de pagar comissão aos médicos para que receitassem seus remédios, promover medicamentos de forma ilegal, prestar informações falsas e omitir efeitos colaterais graves de uma droga usada para tratar diabetes.

Pfizer

Em 2009, a companhia concordou em pagar US$ 2,3 bilhões por promover medicamentos para usos não aprovados pelo FDA, incluindo doses e prescrições vetadas pela agência americana por falta de comprovação de que eram seguras. Em outro caso, envolvendo uma subsidiária da companhia, a multa foi de US$ 15 milhões por promoção ilegal de um hormônio do crescimento, para tratar distúrbios do crescimento em crianças e doenças que causam deficiência na produção hormonal em adultos. A empresa fazia ações para divulgá-lo como seguro e eficaz em tratamentos anti-idade, para melhorar a aparência e a performance atlética. Em 2012, o Conselho Federal de Medicina brasileiro proibiu médicos de usarem o hormônio como recurso antienvelhecimento, sob pena de terem o registro cassado. A alegação é que, além de não haver evidências científicas de que a droga funcione nesses casos, ela pode aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes e tumores.

Johnson & Johnson

Fez um acordo de US$ 2,2 bilhões em 2013 para encerrar processos por práticas ilegais de promoção de medicamentos e pagamento a profissionais da saúde para que receitassem remédios da empresa nos EUA.

Abbott

Em 2012, foi considerada culpada21 de promover ilegalmente o remédio Depakote para usos não autorizados pelo FDA e teve de pagar US$ 1,5 bilhão. Duas das várias alegações foram de que, mesmo depois de ter sido forçada a parar com os testes da droga em pacientes com demência, por causa de vários efeitos colaterais em doentes mais velhos, a farmacêutica continuou divulgando o medicamento como eficaz e seguro para idosos. Também promoveu o uso contra esquizofrenia apesar de dois estudos mostrarem que não havia benefícios nesse tipo de ­tratamento.

Eli Lilly

Em 2009, a Eli Lilly aceitou22 pagar uma multa de US$ 1,4 bilhão por propaganda ilegal do antipsicótico Zyprexa, por recomendá-lo para idosos com demência.

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Merck

Assinou acordo em 2008 envolvendo pagamento de US$ 650 milhões para encerrar processos em que era acusada, entre outras alegações, de usar vários métodos diferentes para convencer médicos a receitarem as drogas — como pagamento ilegal de remuneração pela participação em treinamentos.

Purdue

Em 2007, a farmacêutica e três executivos da empresa, incluindo o presidente, aceitaram pagar multa de US$ 600 milhões pela divulgação de informações enganosas sobre o analgésico Oxycontin, nome comercial da oxicodona, remédio da classe da morfina usado para controlar dores severas. A companhia divulgava que a substância tinha menor risco de abuso e dependência em comparação com outros narcóticos, quando, na verdade, era tão poderosa quanto a heroína. Parte da multa serviu para encerrar processos movidos por pacientes que ficaram viciados na droga e familiares de vítimas de overdose. O ator Heath Ledger morreu em 2008 depois de combinar oxicodona com outros remédios (veja outros famosos que morreram por mau uso de medicamentos ).

AstraZeneca

Concordou em pagar multa de US$ 520 milhões para encerrar a investigação sobre a promoção do remédio Seroquel, para esquizofrenia e transtorno bipolar, como seguro e eficaz para usos não comprovados. A lista incluía ansiedade, stress pós-traumático, depressão, transtornos de humor, insônia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), mal de Alzheimer e demência.

Bristol-Myers Squibb

Foi considerada culpada por inflar preços de um remédio para combater efeitos colaterais de tratamentos contra câncer, pagar remuneração ilegal a médicos para que receitassem seus remédios e promover, sem comprovação de segurança e eficácia, o antipsicótico Abilify em idosos com demência e crianças. Fazia parte da estratégia divulgar a droga especificamente entre pediatras e cuidadores de pacientes mais velhos. Teve de pagar US$ 515 milhões.

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Novartis

Fez um acordo de US$ 422 milhões em 2010 para encerrar processos que a acusavam de pagar comissão a médicos e farmacêuticos e promover o uso não aprovado de vários medicamentos nos EUA.

Warner-Lambert

Essa divisão da Pfizer se comprometeu em 2004 a pagar US$ 420 milhões para terminar processos civis e criminais sobre promoção de medicamentos e omissão de efeitos colaterais severos, principalmente em relação ao remédio.

Este conteúdo foi originalmente publicado no livro Tarja Preta, da jornalista Marcia Kedouk.

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