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Descoberta possível causa da síndrome dos ovários policísticos

Eles são a causa mais comum de infertilidade. Agora, este achado pode pode abrir caminho para a cura.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 7 jan 2019, 19h21 - Publicado em 4 jun 2018, 16h47

Infelizmente, é possível que você já tenha ouvido falar da síndrome do ovário policístico (SOP). Ela é a causa mais comum de infertilidade em mulheres na idade reprodutiva, atingindo de 7% a 20% delas. Mesmo tão comum, ainda não se sabia exatamente a causa da doença. Agora, no entanto, cientistas do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) revelaram uma possível razão. E está ligada a um desequilíbrio dos hormônios antes mesmo do nascimento.

A comunidade médica já acreditava que a doença era hereditária (mulheres com SOP comumente são filhas de portadoras da síndrome), mas causas genéticas conclusivas nunca tinham sido encontradas. O problema é que as pesquisas até então começavam tarde de mais: depois do parto. O estudo atual resolveu analisar a gestação de mães com SOP e aí fizeram uma descoberta interessante. Devido a síndrome, essas mulheres possuem níveis até 30% mais altos que o normal de um hormônio chamado anti-Mülleriano. E a exposição do feto a esse excesso é a chave para entender o problema.

Os cistos policísticos são causados por uma taxa anormalmente alta de testosterona no corpo de uma mulher. É até por isso que a SOP é acompanhada de incômodos como excesso de pelos no rosto, acnes, ganho de peso e menstruação irregular. Eis que o aumento do anti-Mülleriano contribui para a produção de testosterona. 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores injetaram excesso de anti-Mülleriano em camundongos prenhas. E o resultado nas filhotes fêmeas não poderia ser mais conclusivo: à medida que elas cresciam, apresentaram vários sintomas da SOP, incluindo ovulação pouco frequente, puberdade tardia, atraso na gravidez e menor número de filhotes. A exposição à altas doses do hormônio ainda no útero desencadeou o efeito.

A boa notícia é que os cientistas conseguiram curar as ratinhas doentes usando cetrorelix, um medicamento rotineiramente usado para controlar os hormônios femininos. O próximo passo agora é um teste usando o medicamento em mulheres. A ideia é que isso aconteça antes do final deste ano. “Pode ser uma estratégia atraente para restaurar a ovulação e, eventualmente, aumentar a taxa de gravidez nessas mulheres”, diz Paolo Giacobini, um dos autores do estudo. Se tudo der certo, uma das maiores causas de infertilidade feminina está com os dias contados.

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