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Dose única de vacina da Pfizer garante boa proteção a quem já teve Covid-19

Segundo estudo britânico, o nível de anticorpos desses pacientes se tornou maior do que o registrado em pessoas que receberam duas doses da vacina.

Por Guilherme Eler
26 fev 2021, 19h39

“Mesmo quem já pegou Covid-19 precisa ser vacinado?”. Esta se tornou uma das perguntas mais recorrentes no momento atual da pandemia em que a imunidade de rebanho segue longe de ser alcançada, os casos permanecem aumentando e a cobertura vacinal ainda é pequena. A resposta dos especialistas é um sonoro “sim”: mesmo quem já foi infectado (ainda que sem sintomas graves) deve ser imunizado.

Motivos não faltam para aderir à vacinação. Primeiro, porque não se sabe ainda quanto tempo a imunidade dura ou seja, se o corpo é capaz de expulsar o vírus meses depois da infecção. Depois, porque novas variantes estão surgindo e, ainda que a eficácia de certas vacinas diminua para cepas diferentes de Sars-CoV-2, é consenso que estar imunizado diminui os riscos de desenvolver sintomas graves ou morrer de Covid-19.

Existe, ainda, uma última razão: a vacinação em massa da população é a forma mais eficiente para frear o aumento no número de casos, já que quem já foi contaminado pode ser infectado de novo e sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde. O Brasil registrou ontem o maior número diário de mortes desde o início da pandemia. Foram contabilizados 1.582 óbitos em 24h, o que mostra que a pandemia, por aqui, ainda não está nem perto do fim.

Pensando nisso, laboratórios que já apresentaram dados sobre a eficácia geral de seus imunizantes vem testando o comportamento de seus produtos sob diferentes aplicações. Uma delas é em relação a pacientes já infectados.

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Duas novas pesquisas, feitas por cientistas britânicos e publicadas na revista científica The Lancet na última quinta-feira, mostraram que uma única dose da vacina da Pfizer/BioNTech pode dar proteção boa o bastante para quem já se recuperou da Covid-19. Você pode ler os artigos científicos que comentam os achados clicando aqui e aqui.

Vacinas aplicadas em duas doses, como é o caso da feita pela Pfizer, costumam funcionar da mesma maneira: a primeira serve para preparar o sistema imunológico, enquanto a outra de fato estimula a resposta imune. Mas novas pesquisas indicam que apenas uma dose também pode garantir proteção contra o vírus. Foi isso que cientistas da Universidade de Cambridge e da Universidade College, de Londres, decidiram investigar.

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Uma das pesquisas recém-publicadas acompanhou 51 profissionais de saúde de Londres que faziam testes de rotina desde o início da pandemia. 24 deles tiveram Covid-19 na forma leve ou assintomática. Após receberem a dose única da vacina da Pfizer, os níveis de anticorpos desses profissionais aumentaram em até 140 vezes se comparado à taxa normal, anterior à imunização.

Segundo os pesquisadores, a proteção dos voluntários vacinados era maior do que a de quem recebeu duas doses do imunizante. O nível de anticorpos sugere que a resposta desses participantes foi maior, também, do que a de pessoas que jamais foram infectadas pelo coronavírus.

O segundo estudo analisou 72 profissionais de saúde britânicos vacinados em dezembro de 2020, dos quais 24 tiveram sinais de que foram infectados ou testaram positivo ou tiveram sintomas. No artigo científico, pesquisadores dizem que voluntários vacinados tiveram uma “resposta robusta” nos níveis de anticorpos, e “resposta muito robusta” nas taxas de células-T. Ganham esse nome células do sistema imunológico que destroem células infectadas pelo vírus e ajudam a coordenar o ataque do organismo ao invasor. 

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