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É proibido misturar remédio e álcool

Algumas pessoas acreditam que as bebida alcoólicas cortam o efeito dos medicamentos, e por causa disso a combinação seria proibida. Só que não é bem assim: na maioria dos casos, o álcool não interfere na ação dos remédios. Duas latas de cerveja não vão cortar o efeito de um analgésico, por exemplo. Mas basta exagerar […]

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Atualizado em 31 out 2016, 19h07 - Publicado em 18 mar 2011, 22h00
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  • Algumas pessoas acreditam que as bebida alcoólicas cortam o efeito dos medicamentos, e por causa disso a combinação seria proibida. Só que não é bem assim: na maioria dos casos, o álcool não interfere na ação dos remédios. Duas latas de cerveja não vão cortar o efeito de um analgésico, por exemplo. Mas basta exagerar no número de copos para comprometer a ação de um antibiótico. “Como o álcool tem efeito diurético, o corpo elimina o medicamento pela urina, impedindo que permaneça no sangue num nível de concentração elevado o suficiente para matar a bactéria causadora da doença”, diz o infectologista Renato Grinbaum. Outro risco é sobrecarregar o organismo com a dupla tarefa de metabolizar remédios e bebidas. “Alguns princípios ativos dos medicamentos são metabolizados por enzimas produzidas pelo fígado, que também tem a função de processar o etanol”, diz Grinbaum. Existem dois tipos de antibióticos que não devem ser misturados com bebidas: o metronidazol e o tinidazol, usados para combater infecções ginecológicas e gástricas. “A interação dessas substâncias com álcool pode provocar dor de cabeça, queda da pressão e até desmaios”, diz o clínico geral Silvio Donatangelo. Mas o perigo mora mesmo na mistura do álcool com drogas para tratamento de problemas neurológicos e psiquiátricos (veja o quadro). Além de ter efeito depressivo sobre o sistema nervoso central, o álcool pode potencializar a ação de certas substâncias, elevando o risco de perda da coordenação motora e mental.

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    Antes de comer, leia a bula

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    Casar alimentos e remédios é algo tão complexo quanto fazer dar certo aqueles pares formados por sites de relacionamento. Nutrientes dos alimentos e fármacos não conversam um com o outro, brigam entre si, se anulam, se potencializam. “Muitos medicamentos se tornam ineficazes ou perigosos quando associados a certos alimentos. Outros perdem o efeito”, afirma Silvio Donatangelo, clínico geral do Hospital Sírio-Libanês.

    Em alguns casos, recomenda-se a administração do medicamento com o estômago cheio: analgésicos como o ácido acetilsalicílico irritam a mucosa do estômago. Já os comprimidos para tratamento de distúrbios da tireoide devem ser ingeridos em jejum absoluto. Remédios anticoagulantes podem perder eficácia se combinados com uma dieta rica em legumes e verduras com vitamina K. A ingestão de alimentos gordurosos retarda o efeito dos remédios contra disfunção erétil. E por aí vai. “Antes de tomar qualquer medicamento, é importante ler a bula e consultar o médico”, avisa Silvio Donatangelo.

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    Algumas combinações são bem inofensivas. Mas beber demais e tomar antibióticos pode trazer problemas.

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    Causa e efeito
    Saiba quando o álcool compromete a ação dos remédios. E lembre-se de consultar sempre o seu médico

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    Antibióticos
    Usados para tratar infecções. Um ou dois copos de vinho ou cerveja não cortam seu efeito. Mas álcool em excesso pode, sim, comprometer a sua ação.

    Antidepressivos
    Usados no tratamento da depressão e dos transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) e do pânico. Consulte seu médico. Doses moderadas de álcool não causam problemas para quem toma antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina, como a paroxetina, por exemplo.

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    Analgésicos e anti-inflamatórios
    Misturar álcool e cerveja não vai afetar o efeito do remédio. Mas, como esses medicamentos podem provocar irritação e desconforto estomacal, podem cair mal se ingeridos junto com bebida.

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    Ansiolíticos
    Indicados no tratamento da ansiedade e da insônia. A combinação de álcool e benzodiazepínicos é a mais explosiva de todas, pois desencadeia sedação, falta de coordenação e prejuízo da memória, com risco de acidentes.

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    Anti-histamínicos
    Usados para tratamento de alergias, muitas vezes provocam sonolência. A combinação com álcool pode agravar esse efeito colateral, deixando você ainda mais grogue e afetando a coordenação motora. Por isso, a mistura não é indicada para quem vai dirigir, por exemplo.

    Anticoncepcionais
    Evitam a gravidez por bloquearem o processo de ovulação. Nenhum problema nessa mistura. A não ser, claro, que você encha a cara e esqueça de tomar a pílula.

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