Em busca da batata frita perfeita
Pesquisadores e chefs aplicam teorias científicas para criar a melhor batata frita do planeta
Mila Burns, de Nova York
Rainer Zenz / GNU Free Documentation License
É difícil encontrar quem não goste. Ela é uma das comidas preferidas no mundo, e também um negócio enorme: só o McDonald’s vende 4 milhões de quilos por dia (aproximadamente 2 bilhões de batatinhas). Impulsionados por esse mercado milionário, cientistas e cozinheiros de vários países abraçaram um objetivo saboroso: criar as fritas mais gostosas possíveis. E o primeiro estudo sobre o assunto, feito pela Universidade Rutgers a pedido do governo dos EUA, chegou a uma descoberta surpreendente. Para ter batatinhas perfeitas, o ideal é fritar com óleo que já tenha sido usado. Isso porque, quando o óleo é submetido ao calor, suas moléculas se quebram – e isso melhora a transferência de calor do óleo para a batata.
Outra técnica recomendada por especialistas, mas que parece contrariar o senso comum, é a dupla fritura. “Primeiro, as batatas devem ser fritas por um minuto, só para garantir o cozimento da parte externa. Depois, vão para o congelador”, diz a chef Pamella Tello, do Peru, país com mais tipos de batata no mundo (cerca de 4 mil). Depois de congelada, a batata é frita novamente, por seis minutos. A ideia aqui é se livrar da água, que compõe 70% do tubérculo. Quando ela é congelada, a água vira gelo e se expande. Isso altera a estrutura celular do tubérculo – e faz com que a água da batata seja expelida mais rápido quando ela é frita pela segunda vez.