PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Enzima impede nicotina de chegar ao cérebro – e cura vício em ratos

Ela remove nicotina o suficiente para reduzir o grau de dependência, mas deixa o bastante para evitar que as cobaias animais sofram uma abstinência severa

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 out 2018, 19h34 - Publicado em 23 out 2018, 17h54

Uma equipe do Instituto de Pesquisa Scripps – um centro de pesquisa biomédica sem fins lucrativos localizado na Califórnia – descobriu uma enzima que impede a nicotina (princípio ativo do tabaco) de chegar ao cérebro. Se ela funcionar tão bem em seres humanos quanto nos testes com camundongos, pode se tornar a base de um tratamento eficaz para o vício em cigarro. As terapias disponíveis hoje não são muito boas em evitar recaídas: algo entre 80% e 75% dos ex-fumantes volta à droga num prazo de 12 meses.

A enzima atende pelo código NicA2-J1 e é produzida por bactérias da espécie Pseudomonas putida com o DNA modificado sob medida para as necessidades dos cientistas. Ela atua na corrente sanguínea e “digere” a molécula de nicotina antes que ela possa atuar no sistema nervoso. Nas palavras dos pesquisadores, “essa abordagem pode permitir uma redução progressiva do nível de dependência, levando a uma diminuição do desejo e evitando as recaídas que são induzidas pela re-exposição à droga.” 

Já se sabia que a NicA2-J1 era útil como uma espécie de vacina contra o cigarro. Se um fumante de primeira viagem não sentir nada ao consumir tabaco, ele não tentará repetir a experiência. Curar o vício é outra história, porque não basta impedir que a droga faça efeito no paciente: também é preciso fazer com que o paciente suporte a abstinência. O trunfo da NicA2-J1 é que ela não quebra toda a nicotina: deixa um pouquinho em circulação, para que o paciente se acostume aos poucos à sua ausência. 

Olivier Greg, um dos pesquisadores, explicou ao New Atlas: “Ela remove nicotina o suficiente para reduzir o grau de dependência, mas deixa o suficiente para evitar que as cobaias animais sofram uma abstinência severa”. O próximo passo é começar os testes clínicos com seres humanos – e ver se nós reagimos tão bem quanto os ratinhos ao tratamento.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.