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Cigarro eletrônico pode levar a vício em cigarro real, diz estudo

Nos EUA, 1,7 milhão de estudantes de ensino médio já usaram os e-cigarrettes – não para abandonar o vício, mas para experimentar nicotina pela primeira vez

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
24 jan 2018, 16h03

Um relatório publicado pela Academia Nacional de Ciências dos EUA concluiu que os cigarros eletrônicos não só viciam como, quando usados por pessoas mais jovens, podem servir de porta de entrada para cigarros reais. O documento, preparado por um comitê de especialistas em saúde pública, analisou as conclusões de mais de 800 artigos científicos sobre o assunto.

Ao que tudo indica, os e-cigarettes de fato ajudam pessoas mais velhas a abandonar o vício, e não fazem tão mal para a saúde quanto os cigarros comuns – que, além de liberar nicotina, expõem o fumante a substâncias cancerígenas.

Por outro lado, eles podem transmitir à parcela mais jovem da população a ilusão de que é possível fumar sem riscos – e de que o problema dos cigarros está apenas na inalação de compostos tóxicos, e não na dependência química de nicotina.

“Na população adulta, por promover a redução ou abstinência total de cigarros de tabaco, os cigarros eletrônicos podem ajudar a reduzir os riscos para a saúde”, afirma o relatório. “Já o uso pela população jovem se tornará preocupante se os cigarros eletrônicos causarem dependência ou acostumarem os usuários ao hábito de fumar, levando ao consumo de cigarros reais.”

Adam Leventhal, professor da Universidade do Sul da Califórnia e um dos autores do documento, afirmou ao New York Times que, em 2016, 11% de todos os estudantes de ensino médio nos EUA – cerca de 1,7 milhões de jovens – afirmaram ter usado cigarros eletrônicos no mês anterior à coleta de dados. 

David Eaton, líder da equipe que produziu o documento, afirmou em comunicado que ainda não é possível saber se, em média, o fenômeno dos cigarros de plástico será bom ou ruim para a saúde pública. “Eles não podem ser classificados como completamente benéficos, nem o oposto. Algumas circunstâncias, como o uso por adolescentes que não fumam, são dignas de preocupação. Em outras, como o uso por adultos que querem parar de fumar, eles podem reduzir o número de doenças.”

O estudo também destacou que muitos dos artigos científicos consultados não puderam ser aproveitados, seja porque a metodologia aplicada na pesquisa estava errada, seja porque ela foi financiada por empresas ligadas à indústria do cigarro.

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