Estônia quer fazer testes de DNA nos seus habitantes
O sequenciamento genético de DNA será oferecido gratuitamente pelo governo e o resultado contará com tratamentos personalizados de saúde

Existem algumas vantagens em ser um país com apenas 1,3 milhões de habitantes e com o PIB de US$ 23,4 bilhões. A pequena Estônia investe pesado no bem estar dos seus moradores e pretende continuar assim. Recentemente, o governo do país iniciou um programa que visa coletar o DNA de 100 mil habitantes e, em troca, quer lhes oferecer conselhos de saúde e estilo de vida baseados na genética da população.
Cada participante receberá um relatório personalizado sobre a sua genética e o que deve fazer para permanecer saudável. Alguém com tendência a diabetes, por exemplo, saberá que deve consumir menos açúcar do que as pessoas a sua volta, evitando a doença antes mesmo de começarem a surgir os sintomas.
O objetivo do programa é alimentar o banco de dados genéticos do Sistema de Informação de Saúde Nacional Estoniano. O governo espera, um dia, conseguir coletar biodados de todos os habitantes do país e disponibilizar aos médicos que poderiam acessar esse banco e ter mais facilidade na hora de tratar os pacientes. Dessa forma, todos ganham uma medicina mais personalizada.
A Estônia é pioneira na área, mas está sendo acompanhada de perto por Dubai que anunciou recentemente um plano semelhante para realizar o sequenciamento de DNA em todos os seus 3 milhões de habitantes. A iniciativa é interessante, mas em tempos de repensar a nossa relação com a privacidade, estão surgindo cada vez mais questionamentos se de fato seria seguro fornecer todos os seus dados de saúde ao governo. Problemas de primeiro mundo.