Você já ouviu essa história. Sua amiga vira pra você e diz: “De tanto fazer dieta, meu estômago encolheu”. Seguindo esse raciocínio, uma pessoa em coma, incapaz de se alimentar, veria seu estômago encolher, encolher, até quase desaparecer, certo? A resposta, claro, é um sonoro não. Pergunte às pessoas que foram obrigadas a se submeter a uma cirurgia de redução do estômago: se “encolher” o órgão fosse assim tão fácil, para que tanto trabalho, não é mesmo?
Por se tratar de um órgão muscular, não existe a possibilidade de o estômago mudar de tamanho só com a menor ingestão de alimentos. O contrário é verdade: ele pode até aumentar, quando você exagera na dose. Dimuir, jamais.
Mas quem faz uma dieta radical acaba ficando com a sensação de que “não cabe” mais nada no estômago. Consumir comida em menores quantidades condiciona seu estômago a se “satisfazer” com menos. Por causa disso, o corpo reduz a produção de grelina, um hormônio que é liberado quando o estômago está vazio, estimulando a área do cérebro ligada ao apetite. Menos grelina = menos apetite, o que pode até ser bom para a sua dieta. Mas o seu estômago vai continuar com o mesmo tamanho.