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O que é a fibromialgia, dor crônica que afeta Lady Gaga

Por conta do problema, a cantora cancelou seu show na noite de abertura do Rock in Rio. Saiba o que caracteriza a síndrome e porque ela é tão devastadora

Por Guilherme Eler
14 set 2017, 19h51

“Fui internada e não se trata apenas de dor no quadril ou desgaste causado pela turnê. Estou com dores severas”, anunciou Lady Gaga em sua conta oficial do Twitter. A cantora norte-americana de 31 anos seria a atração principal da noite de abertura do Rock in Rio 2017, que começa nesta sexta-feira (15). O cancelamento de última hora, porém, veio por conta de complicações causadas pela fibromialgia.

A dor intensa nos músculos, articulações, tendões e ligamentos não é capaz de resumir o drama de quem sofre da síndrome. Tanto que, quando questionados sobre o problema, é comum que os pacientes escolham palavras parecidas com as de Gaga: “dói tudo”.

E não é exagero. Como toda dor crônica, ela surge sem explicação e é insistente. Conhecida por reduzir o chamado ‘limiar da dor’, a fibromialgia torna a pessoa muito mais sensível a estímulos externos. Um toque ou pressão, assim, precisa ser muito menos intenso para despertar os receptores que transmitem a informação para o cérebro. Os chamados nervos periféricos, que chegam à medula espinhal, sofrem certas alterações bioquímicas e entram em colapso, entendendo qualquer contato de forma exagerada. Para preservar o corpo da ameaça, eles optam por alertar nossa central de comando de forma mais enfática do que deveriam – fazendo com que a dor se torne constante.

Áreas chamadas de “moles”, como a nuca, costas e quadril, se tornam especialmente sensíveis. Por lá, é comum que apareçam sensações contínuas de peso, aperto e queimação. Junto com a dor, surgem por tabela outros sintomas, como fadiga, problemas no sono, enxaqueca, dormência nas mãos e pés, infecções intestinais/urinárias e dificuldade de concentração. Ansiedade e depressão também acabam dando as caras, complicando ainda mais o cenário.

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As causas para a síndrome ainda são desconhecidas, mas há alguns fatores que pesam na conta. Além de causas hereditárias, infecções por vírus, doenças autoimunes (como a artrite) e eventos traumáticos podem ter relação com o diagnóstico. Mais de 80% dos casos acontecem entre mulheres de 30 a 55 anos, e estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia indicam que até 3% dos brasileiros sofram da doença.

Diagnosticar a fibromialgia, aliás, costuma ser uma tarefa complicada. Como ainda não existem testes de laboratório que a detectem com precisão, tudo acaba sob a responsabilidade dos médicos. O problema é que os sintomas principais, dor e fadiga, acabam aparecendo em muitos outros quadros clínicos. Assim, é normal que os especialistas busquem por dores constantes por mais de três meses e sensibilidades em regiões específicas dos músculos.

Não há cura, mas é possível viver uma vida normal com a ajuda de medicamentos. Enquanto Duloxetina e Milnaciprano são fármacos comuns para controlar a dor, a Pregabalina costuma ser usada no bloqueio da atividade excessiva das células nervosas. Exercícios aeróbicos leves e atividades como Yoga, caminhada e natação ajudam a melhorar o condicionamento físico, essencial para quem tem de conviver com a fibromialgia.

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