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Olimpíadas bizzaras

O importante é participar, não é mesmo? Nem sempre. Nas provas de criatividade, espeteza e nervosismo, o que vale mesmo é ser esquisito. Confira os vencedores

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h12 - Publicado em 31 jul 2004, 22h00

Criatividade – Amsterdã 1928

O remador australiano Henry Pearce era tão melhor que seus adversários que, no meio da prova de 1928, parou seu barco para dar passagem para uma família de patos atravessar. Mesmo assim levou o ouro, terminando bem à frente dos outros atletas

Criatividade – Londres 1908

O americano Walter Dray era o recordista mundial em salto com vara no início do século passado, com a marca de 3,90 metros. Ele levaria fácil o ouro em 1908, mas sua mãe achava que ele estava pulando muito alto e que poderia se machucar uma hora dessas. A pedido dela, Dray desistiu

Criatividade – Sidney 2000

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O nadador Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, levou a sério a denominação “livre” na prova dos 100 metros nado livre. Sem fôlego, mas com vontade de chegar ao fim, começou a nadar no popular estilo cachorrinho. Os juízes chegaram a achar que ele estava se afogando. Tempo final: 1 minuto e 52 segundos. O tempo médio numa prova dessas é de 50 segundos

Esperteza – Paris 1900

É difícil eleger o maior trapaceiro da história das Olimpíadas. Mas a tripulação do iate francês Carabinier é presença garantida. No dia da prova de vela não havia vento. O Carabinier terminou logo a prova, à frente de todos. A glória durou pouco: os juízes logo descobriram um motor escondido

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Esperteza – Paris 1900

A equipe de remo da Holanda de 1900 demitiu o chefe do barco pouco antes da prova: ele estava muito gordo. Para o lugar, chamaram um menino francês da platéia, de uns 10 anos. Venceram e a vitória foi considerada como de uma equipe franco-holandesa

Esperteza – St. Louis 1904

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A maratona de 1904 foi o caos. O calor insuportável e o percurso por estradas poeirentas pioravam a situação. Mas isso não justifica o que o americano Fred Lorz fez para vencer, 3 horas e 13 minutos depois da largada. Após 15 quilômetros, pegou uma carona de carro para completar o percurso. Não adiantou: chegou primeiro, mas não levou o ouro

Nervosismo – Melbourne 1976

Tem gente que chora quando não consegue uma boa atuação numa Olimpíada. Os iatistas ingleses David Hunt e Alan Warren não. Depois de ganhar a prata em 1972, não conseguiram nem o bronze em 1976. Estourando de raiva, atearam fogo no próprio barco logo depois do fracasso

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Nervosismo – Seul 1988

Alguns atletas frustrados gostam de colocar a culpa pela derrota em juízes. Mas o campeão olímpico em protesto prolongado contra a autoridade é o boxeador Byun Jong-Li. Em 1988, o norte-coreano ficou 1 hora e 7 minutos sentado no ringue depois de perder por decisão do juiz

Nervosismo – Atenas 1896

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Mesmo para quem está acostumado, correr 42 quilômetros pode provocar reações bizarras. Em 1896, o australiano Edwin Flack estava tão exausto que começou a delirar. Imaginando-se atacado pela turba, espancou um espectador. Em seguida, ele é que foi derrubado. Pelo cansaço

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