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Praticar esportes sempre faz bem

Mentira! Treinamentos extenuantes e excesso de esforço físico podem até matar - ou comprometer seriamente sua saúde

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h15 - Publicado em 25 fev 2011, 22h00

Texto Lizandra Almeida

Quem vê um atleta com corpo para lá de malhado, esbanjando vigor durante uma competição, tende a acreditar que esporte é sinônimo de vida saudável. Que nada. A SUPER adverte: atividade física pode ser prejudicial à saúde, especialmente quando a repetição de movimentos e a intensidade do esforço forem demasiadas.

Isso não significa, contudo, que você deva abandonar suas caminhadas diárias ou o futebol do fim de semana. É preciso diferenciar exercício de baixo impacto, capaz de prevenir ou controlar quadros de obesidade, diabetes e cardiopatias, do esporte de alto desempenho, normalmente associado a competidores (profissionais ou não). O primeiro, na dose certa, é sempre benéfico. O segundo, por outro lado, acarreta uma variedade de efeitos colaterais.

“Nos esportes competitivos e de alto rendimento, o objetivo é a superação de limites”, diz José Kawazoe Lazzoli, especialista em medicina esportiva e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME). Atletas profissionais, ou mesmo amadores que levam a sério sua atividade, submetem-se com frequência a rotinas extenuantes de treinamento. Ao exigir demais do corpo, vivem com lesões (leia mais no quadro ao lado).


Morte súbita

Alguns estragos causados pela prática esportiva são leves, como as tendinites (inflamações musculares facilmente curadas com tratamento adequado). Outras são mais graves, como as rupturas de tendão (remediadas apenas com intervenções cirúrgicas, que nem sempre garantem total recuperação). Existem até casos extremos, como os de morte súbita – cada vez mais frequentes entre jogadores de futebol. Foi o que aconteceu em 2003 com o meio-campista Marc-Vivien Foe, da seleção de Camarões. Ele morreu bem diante das câmeras da TV, durante um jogo contra a Colômbia válido pela Copa das Confederações. Motivo: insuficiência cardíaca. Segundo Lazzoli, o camaronês tinha um problema congênito. “Seu coração era incapaz de bombear a quantidade certa de sangue enquanto ele corria de um lado para outro do campo.”

Quem pratica atletismo, futebol, vôlei e corrida está sujeito, principalmente, a lesões musculares e nas articulações. De acordo com o ortopedista Ricardo Cury, da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, joelhos e tornozelos são as maiores vítimas do excesso de esforço físico. “No futebol, por exemplo, a carga de estresse é muito grande, e os joelhos têm apenas seus ligamentos para estabilizar todo o corpo.”

O esporte que menos oferece risco, segundo Cury, é a natação. “O fato de ser praticado na água alivia o impacto do treinamento sobre o corpo. Como não há movimentos bruscos, as articulações ficam mais protegidas.” Mesmo assim, quem nada também pode enfrentar inflamações nos ombros e ruptura de músculos, além de lesões nas articulações dos joelhos – sobretudo entre os adeptos dos estilos peito e borboleta.

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CORRIDA

CANELA – Os seguidos impactos dos pés contra o solo provocam inflamação da membrana que reveste o tornozelo. Sobrecarga pode resultar em fraturas por estresse.

MÚSCULOS – Traumas e lesões parecidos com os do futebol, em decorrência dos movimentos repetitivos.

JOELHO – Inflamação das articulações por excesso de esforço e impacto.

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NATAÇÃO

OMBRO – Inflamações do manguito rotador (grupo de músculos e tendões que permite o movimento de rotação do braço).

JOELHO – Inflamação das articulações por excesso de demanda.

COLUNA LOMBAR – Lesões musculares decorrentes de esforço agudo e prolongado.

CICLISMO

COLUNA – Lombalgias (dores nas costas provocadas por excesso de esforço dos músculos lombares).

CRÂNIO – Traumatismos provocados pela queda (ainda que o ciclista esteja usando capacete).

JOELHO – O movimento feito com as pernas dobradas pode sobrecarregar as articulações e provocar lesões graves nas cartilagens existentes entre a patela e o fêmur.

TÊNIS

COTOVELO – Inflamação dos tendões provocada por sobrecarga, em decorrência do movimento repetitivo. É o que os médicos chamam de “cotovelo de tenista”.

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QUADRIL – Viradas bruscas podem causar lesões na cartilagem e nas articulações.

TORNOZELO – Inflamações, entorses e fraturas (não só no tornozelo mas também no joelho e no pé).

FUTEBOL

JOELHO – Trauma direto (impacto) e indireto (aceleração rápida e movimentos de rotação), resultando em ruptura do menisco ou dos ligamentos e fraturas.

COXA E PANTURRILHA – Lesões da musculatura causadas por movimentos repetitivos ou abruptos. O resultado é a distensão da fibra muscular, que pode se romper.

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TENDÕES E ARTICULAÇÕES – A repetição de movimentos pode causar de inflamação a ruptura total.

TORNOZELO – Entorses, inflamações nos tendões, rupturas de ligamento e fraturas.

PÉ – Inflamação da fáscia (tecido que une a ponta dos pés aos calcanhares.

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