Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Proteína no sangue pode ajudar a prever prognóstico de derrame

Biomarcador liberado após AVC indica o tamanho da lesão do paciente – o que pode auxiliar os médicos no desenvolvimento de tratamentos individuais.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 25 jul 2022, 11h07 - Publicado em 12 nov 2020, 18h23

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui hoje a segunda maior causa de mortes no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas são afetadas anualmente pelo problema. 25% delas acabam permanentemente incapacitadas – e outras 25% morrem. 

Atualmente, quando um indivíduo sofre um derrame, ele é submetido a um exame de imagem para medir os danos no tecido cerebral. Mas essa análise não aponta de forma tão precisa a gravidade do AVC. Pesquisadores da Mayo Clinic, uma organização sem fins lucrativos situada na Flórida, perceberam que um biomarcador no sangue pode determinar a extensão da lesão cerebral e auxiliar os médicos a prever o prognóstico da doença. 

O estudo foi publicado nesta quarta-feira (11) na Science Translational Medicine. Mas antes de explicá-lo, é importante entender o mecanismo dos diferentes tipos de derrame. O primeiro é o AVC hemorrágico, que ocorre quando há o sangramento de uma veia, artéria ou vaso dentro do cérebro. O sangue vaza e se espalha, aumentando a pressão naquele ponto. Há também o AVC isquêmico, o mais comum, que ocorre quando há a obstrução da artéria, impedindo que o sangue chegue ao cérebro. 

Seja qual for o AVC, os neurônios acabam se ferindo. Neles, há uma proteína conhecida como luz de neurofilamento (NFL), que, durante o baque, é liberada no líquido cefalorraquidiano (que banha o cérebro) e, em seguida, no sangue. Esse é biomarcador em questão. 

Continua após a publicidade

De acordo com os cientistas, a quantidade de NFL liberada durante o AVC indica a lesão neuronal no cérebro, ou seja, pode predizer qual foi a gravidade do acidente. Leonard Petrucelli, um dos autores do estudo, explica que “níveis mais altos de NFL preveem resultados funcionais piores e menos tempo de sobrevivência após um acidente vascular cerebral”. Tendo essas informações, os médicos podem pensar o tratamento e reabilitação de forma específica para o caso.

Para chegar a este resultado, os pesquisadores mediram as concentrações de NFL no sangue de 396 voluntários – 317 pacientes que se recuperavam de um AVC e 79 indivíduos saudáveis. Além de analisar se o nível de NFL no sangue aumentava após o derrame, o estudo examinou também se os números poderiam indicar a gravidade do AVC ou, ainda, uma possível recuperação. Para isso, os cientistas compararam os níveis de NFL ao grau de lesão cerebral e estado neurológico, funcional ou cognitivo dos pacientes durante a coleta de sangue. 

James Meschia, chefe do Departamento de Neurologia da Mayo Clinic, diz ter esperança de que as “descobertas irão, em última instância, mudar a forma como os pacientes são tratados usando biomarcadores da NFL em ensaios clínicos para permitir a detecção mais rápida e confiável dos efeitos terapêuticos”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.