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Quantos anos você tem (de acordo com seu intestino)?

A coleção de bactérias que vive por lá pode ajudar a definir a qualidade da sua velhice.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 set 2020, 18h44 - Publicado em 26 fev 2019, 17h38

O número de voltas que a Terra deu ao redor do Sol desde que você nasceu é apenas uma das formas de medir a sua idade. O envelhecimento, afinal, é uma medida de quanto o seu organismo já se desenvolveu – e, depois de uma certa fase, de quanto ele já se deteriorou.

Há quem envelheça num ritmo mais rápido que o normal, e quem mantenha um corpinho relativamente jovem, apesar de sua data de nascimento. Para calcular essa idade biológica, a ciência conta com truques como medir, por exemplo, as pontinhas dos cromossomos, chamados telômeros. Quanto mais curtos, em geral, maior o nível de envelhecimento celular de alguém.

Agora, porém, cientistas acreditam que encontraram outra medida importante – no intestino. Usando inteligência artificial, eles descobriram que a coleção de bactérias que vive no intestino de cada pessoa (o microbioma) sofre variações típicas para cada faixa etária. A primeira descoberta deles foi o fato de que, no geral, dá para estimar a idade de alguém com razoável confiança só de olhar esses padrões nos bichinhos do intestino.

Mas onde há padrão, há exceção – e, dessa descoberta, emerge também o fato de que algumas pessoas têm a “idade intestinal” incompatível com a data de nascimento – o microbioma pode estar numa fase mais “velha” ou mais “jovem” que o esperado para a idade do indivíduo. 

Uma microbiota “envelhecida”, portanto, poderia ser indício de que outras partes do organismo também estão se deteriorando mais rápido do que o padrão para a idade de determinada pessoa. Seria uma versão mais sutil do que a gente já percebe quando uma pessoa tem a pele manchada ou enrugada precocemente, por exemplo – mas com um impacto sistêmico muito maior.

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O contrário também vale: já que o envelhecimento é um processo complexo, ninguém sabe até hoje porque algumas pessoas envelhecem com muito mais saúde e qualidade de vida que as outras. Conseguir estudar o microbioma de pessoas que, apesar de mais velhas, tem um intestino mais parecido com o de gente mais jovem, pode ajudar a desvendar pelo menos uma parte extra deste quebra-cabeça.

É claro que algumas das coisas que eles encontraram você mesmo poderia deduzir: o nosso microbioma depende, entre outras coisas, do estilo de vida e da alimentação. Não é novidade nenhuma que quem tem estilos de vida mais saudáveis tende a envelhecer melhor, e o intestino delas, na maior parte das vezes, vai ser um reflexo disso.

Mas tem gente que vai ser, simplesmente, mais propenso a ter uma microbiota mais diversa, saudável e jovial. Descobertas deste tipo – microbiota intestinal variável com a idade, telômeros, etc. – são essenciais para cientistas que estudam a longevidade. Ao entender as características (inclusive microbióticas) das pessoas que envelhecem melhor, eles podem investigar como melhorar a velhice de todo mundo.

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