Se for feito com muita freqüência, sim.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as lâmpadas das máquinas de bronzear lançam raios ultravioleta (UV) em uma quantidade duas a três vezes maior do que a emitida pelo Sol. Essa radiação é a responsável pelo escurecimento da pele: os raios UV estimulam a produção de melanina, o pigmento escuro que protege a derme (veja infográfico). O bronzeamento é, na verdade, uma reação de defesa.
Até aí, tudo bem. “O problema mesmo é quando você se expõe demais a essa energia concentrada”, disse à SUPER o dermatologista paulista Eduardo Lacaz Martins. É que os raios atravessam a epiderme e chegam às camadas mais profundas da pele. Lá estão as fibras de colágeno e elastina que a sustentam. Atingidas repetidamente, elas se rompem, acelerando o envelhecimento.
O bombardeio de radiação ultravioleta sobre o DNA pode, eventualmente, ter também um outro efeito, bem mais nefasto: o câncer de pele. “Como isso é capaz de demorar décadas para se manifestar, ninguém acredita que abusar das máquinas faz mal”, alerta Martins. Cuidado. Antes de se submeter a uma câmara de bronzeamento, consulte um dermatologista para saber qual é a dosagem adequada ao seu tipo de pele.
Queimando com luz
Morenice artificial excessiva traz risco para a pele.
1. Quando os raios ultravioleta (UV) atingem a pele, ela reage ao ataque de radiação aumentando a produção de melanina, o pigmento escuro protetor.
2. Mesmo assim, alguns raios chegam à camada mais profunda da derme. Eles rompem as fibras de colágeno e elastina que a sustentam. A pele fica flácida e enrugada.
3. A exposição freqüente e durante um longo período à radiação UV acaba danificando o DNA. Isso pode levar as células da pele a uma multiplicação descontrolada – o câncer.