Imagine um médico usando um minúsculo robô para operar seu paciente. Agora, imagine que o médico e o robô estão em cidades diferentes. Ou, quem sabe, em países diferentes. Simultaneamente, estudantes de Medicina, em diversos locais do mundo, observam tudo, por monitores coloridos, em três dimensões.
Dez equipes de pesquisa, americanas e européias, trabalham duro para tornar isso realidade – são os entusiastas da telecirurgia, que tornará possível operar à distância soldados em campos de batalha, por exemplo. Aliás, esse era o objetivo dos primeiros pesquisadores da telecirurgia.
Hoje em dia, já existem alguns robôs telecirurgiões sendo aperfeiçoados. Eles devem ficar em ponto de bala para operar seres humanos em um período de três a cinco anos. Um deles é o MSR-1, construído pela equipe do cientista Ian Hunter, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
.0 robô reproduz o movimento do cirurgião numa escala menor – se o médico, cercado de monitores com a imagem do paciente, realiza um corte “virtual” de 1 centímetro no boneco usado como modelo, o MSR-1 faz um corte de verdade no olho da pessoa operada, só que cem vezes menor. Mais do que isso: o robô é capaz de “filtrar” eventuais tremores das mãos do médico. E, ainda, disparar um alarme sempre que algo errado estiver prestes a acontecer, como o corte de uma artéria importante.