Tricô e televisão não são mais os únicos companheiros da terceira idade. Os médicos não cansam de recomendar atividades físicas para quem deseja envelhecer com saúde. Pois agora cientistas da Universidade McGill de Montreal, no Canadá, concluíram que os movimentos vigorosos do tango são um santo remédio para os idosos. Eles sugerem que a tradicional dança argentina pode ser melhor do que caminhar para manter a habilidade de mover-se dentro de áreas apertadas sem perder o equilíbrio. A preocupação se justifica. As quedas são responsáveis por boa parte dos acidentes com idosos, que deixam lesões permanentes, algumas vezes fatais. Segundo os pesquisadores, o tango é bom porque reúne diversos movimentos utilizados em programas de reabilitação neurológica. Além disso, é uma atividade social e combate a solidão, outra das causas do declínio cognitivo com o passar dos anos. No estudo, 30 voluntários de 62 a 90 anos se encontraram duas vezes por semana, durante dez semanas, para sessões de tango ou caminhadas. O grupo que dançou ao som de Gardel teve ganhos de equilíbrio, postura e coordenação motora superiores ao que apenas caminhou. Os resultados foram tão favoráveis que 66% dos pacientes continuavam se encontrando para bailar um ano depois da pesquisa. Entre os que caminhavam, apenas 25% mantiveram o hábito.