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Temperatura do ar condicionado nos escritórios é ‘machista’, diz pesquisa

Por Brasil Post
Atualizado em 31 out 2016, 19h00 - Publicado em 5 ago 2015, 14h00

Por Ione Aguiar

Da próxima vez que você vir uma mulher reclamando de frio no trabalho, pense duas vezes antes de dizer qualquer coisa.

Em um estudo publicado nesta segunda-feira, cientistas da Universidade de Maastricht relatam que a temperatura do ar condicionado da maioria dos escritórios é definida com base em uma fórmula caduca, que usa taxas metabólicas de… homens.

Por isso, as mulheres, que têm o corpo menor e uma taxa metabólica mais lenta, passam tanto frio no trabalho.

Como revela o estudo, a maior parte dos termostatos em edifícios calcula a temperatura ideal com base em uma equação desenvolvida nos anos 1960, cujas principais variáveis são a temperatura externa, o traje masculino de trabalho, a velocidade do ar e a taxa metabólica de um homem de quarenta anos.

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Naquela época, talvez isso fizesse sentido… Mas hoje, quando as mulheres já representam metade da força de trabalho, a fórmula superestima a quantidade de calor que elas podem gerar em cerca de 35%.

A conclusão dos pesquisadores é que os edifícios comerciais deveriam reduzir a discriminação de gênero em seu conforto térmico, até porque aumentar um pouquinho a temperatura pode ajudar a poupar o meio ambiente, pois diminui o gasto de energia.

O estudo foi publicado no periódico Nature Climate Change.

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