Cientistas americanos verificaram que em 21 anos de pesquisas apenas doze tumores foram registrados em tubarões, e desses somente três eram malignos. Os pesquisadores pretendem agora transferir, de algum modo, essa resistência para o homem. Desde 1970 sabe-se que os tumores criam uma rede de capilares sanguíneos para poderem crescer. Os médicos chamam de angiogênese esse processo, sem o qual, supõe-se, o tumor morre. Como o tecido cartilaginoso é desprovido de vasos sanguíneos, os pesquisadores deduziram que ele deve liberar alguma substância inibidora da angiogênese. Ora, os tubarões não possuem ossos – pertencem a uma classe de peixes cujos esqueletos são cartilaginosos. O fato de serem eles praticamente imunes ao câncer não seria, portanto, uma coincidência. É possível, assim, que do extrato da cartilagem dos tubarões surja algum dia uma droga contra o câncer.
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