A mais promissora candidata à vacina contra a malária acaba de passar pelo seu teste mais difícil: a SPf66, como é chamada, reduziu um terço da incidência da doença em crianças da cidade de Idete, no sudoeste da Tanzânia. Criada em 1987 pelo médico colombiano Manuel Patarroyo, ela é composta por proteínas extraídas do parasita da malária e fez o maior sucesso nos primeiros testes, realizados há dois anos na América do Sul: 39% das pessoas em que foi aplicada ficaram imunes. Mesmo assim, muita gente desconfiava que a SPf66 não teria o mesmo desempenho nas regiões pobres da África, onde a taxa de transmissão da malária é cem vezes maior do que em qualquer outro canto do planeta. Na Tanzânia, as crianças sofrem, em média, trezentas picadas por ano de mosquitos infectados pelo parasita. Por causa desse elevado grau de exposição, alguns especialistas não ficaram ê muito animados com a nova droga colombiana. Mas ela surpreendeu, deixando 31 % das crianças africanas imunizadas.
Alguns acham que a vacina precisa ainda ser melhorada. Patarroyo responde: “Na falta de outra, não podemos deixar de usar esta para combater a malária. “