Árvores de Natal que não foram vendidas viram lanche de animais no zoológico de Berlim
Elefantes, girafas e renas ganharam o presente natalino que, além de petisco, também fortalece a convivência entre os animais; veja vídeos.

O Natal ainda não acabou para os elefantes do Zoológico de Berlim. No começo do ano, árvores que não foram vendidas durante as festas foram entregues aos animais, proporcionando um lanchinho especial e momentos de entretenimento. O evento já se tornou uma tradição anual no zoológico.
Os elefantes, conhecidos por sua curiosidade e habilidade com as trombas, rapidamente destruíram os galhos, devorando as folhas e também brincando com a comida. Os animais exploraram as árvores de Natal com todos os sentidos – o cheiro inusitado, a textura e o formato espinhoso estimulam a curiosidade e a criatividade. É comum que as árvores ganhem muitas funções: coçador de costas, palito de dente, brinquedo e, é claro, lanche.

“As árvores de Natal são um verdadeiro enriquecimento para os nossos animais. Eles promovem a saúde física e mental e trazem alegria visível aos animais residentes”, explica o diretor do zoológico e parque animal, Andreas Knieriem, em comunicado.
Mas não se empolgue: mesmo que fosse possível mandar a sua árvore por Sedex para Berlim, ela não poderia virar lanche de bicho. Isso porque as árvores distribuídas aos animais são cuidadosamente selecionadas. Apenas exemplares frescos e vindos de fornecedores confiáveis são aceitos. A população não pode doar suas árvores, pois elas podem conter químicos ou decorações esquecidas que seriam prejudiciais.
Não são apenas os elefantes que aproveitam essa oportunidade. Este ano, as girafas também experimentaram o presente natalino pela primeira vez. Enquanto Max, de 13 anos, se deliciou com os galhos que foram pendurados na altura de sua cabeça, Mugambi, seu companheiro de 11 anos, ficou meio desconfiado após inspecionar a novidade. (Veja no vídeo abaixo).
Os elefantes têm uma dieta variada e rica em nutrientes. Diariamente, consomem grandes quantidades de feno e de frutas e vegetais, como bananas, melancias e cenouras. As árvores de Natal frescas complementam a dieta habitual, oferecendo fibras que ajudam no funcionamento digestivo. No entanto, a quantidade é limitada para evitar excessos.
Para esses gigantes inteligentes, a variedade de texturas e sabores é tão importante quanto a quantidade de alimentos. Além disso, na natureza, esses animais vivem em grupos sociais complexos, e momentos de interação são essenciais. As brincadeiras com as árvores de Natal e a troca de alimentos ajudam a fortalecer os laços entre os membros do grupo.

“Os animais podem lutar com os galhos, podem esfregar-se neles, podem atirar-se sobre eles e fazer várias outras coisas”, disse Florian Sicks, curador de mamíferos do zoológico, em entrevista à AP News. “E assim enriquecemos a vida cotidiana dos animais, o que os deixa muito satisfeitos.”
As árvores não foram o único lanche natalino da temporada. Os cuidadores do Zoológico prepararam refeições temáticas para os bichos, como uma estrela de frutas para os hipopótamos pigmeus. O resultado de cada invenção é divulgado em vídeos curtos no canal do zoológico no YouTube e tem um teor altíssimo de fofura.

Em outro vídeo, do mês passado, ursos-do-sol e ursos-gato-asiático (também conhecidos como biturongues) se divertem com sacos de feno e galhos decorados com apetitosos vegetais coloridos e nozes. Nessa data, os presentes foram a celebração do Dia de São Nicolau, data comemorada em 6 de dezembro em países cristãos ocidentais. A figura de São Nicolau foi inspiração para a criação do Papai Noel, e, assim como o Natal, a data é associada com presentes e celebrações cristãs.