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Como é feita a leitura labial?

Veja como articulamos certas letras – e um passo a passo para começar a aprender a técnica.

Por Daniela Fescina
Atualizado em 14 Maio 2020, 11h50 - Publicado em 14 nov 2019, 17h47

A chamada leitura orofacial é uma técnica de interpretação dos movimentos da boca, da língua e de outros elementos do nosso aparelho fonador. A técnica pode ser aprendida com o devido treino, mas pesquisas apontam que apenas 50% do que é falado pode ser realmente entendido, mesmo sob condições ideais de luz, barulhos externos e visão do leitor.

Essa baixa porcentagem é causada, em parte, por algumas letras (e seu respectivo movimento) que são comumente confundidas, como “p”, “b”, “m”, “n”, “s”, “z”. A técnica ajuda principalmente os defcientes auditivos e surdos, mas todos podem empregá-la. Um estudo realizado em 2012 pela Florida Atlantic University, nos EUA, demonstrou que bebês a utilizam com seus pais, para aprender a falar, até os 12 meses de idade.

Cada som, um formato

Alguns exemplos de como articulamos certas letras.

(Adriel Contieri/Superinteressante)

Tecnologia da inclusão

A Universidade Britânica East Anglia (Reino Unido), em parceria com outras instituições, desenvolveu um protótipo de um software de leitura labial que auxilia no reconhecimento de discursos em vídeos. Basta a pessoa começar a falar que o programa automaticamente identifica o idioma e o transforma em palavras. Hoje essa tecnologia está disponível em francês, inglês, árabe, mandarim, italiano, polaco, russo e cantonês.

Olho na boca

Confira o nosso passo a passo para aprender a leitura labial.

Ajuda profissional

Para as crianças que estão começando, a melhor maneira de aprender é com um fonoaudiólogo. Ele possui brincadeiras, incentivos, materiais e exercícios que facilitam o processo.

Detetivão

O contexto do papo é essencial. Ajuda o cérebro a encontrar naturalmente um caminho mais certeiro para a leitura. Palavras como “janela” e “canela” podem ser parecidas, mas, ciente do contexto, você não se enganará.

(Adriel Contieri/Superinteressante)

Espelho, espelho meu

Observe-se no espelho enquanto fala, para reparar nas mudanças do formato do aparelho fonador. Divirta-se com diferentes combinações de letras, como a mistura de “b” com “a”, de “g” com “u”, de “g” com “i” etc.

Amigo é para isso

Cansou do espelho? Passe para o próximo nível: faça uma conversa silenciosa com um amigo. Um tenta entender o que o outro diz e continuar o papo. (A intimidade também ajuda quem for tímido).

(Adriel Contieri/Superinteressante)

Legendado, por favor

Sempre que assistir a um filme, série ou vídeo do YouTube em português, ative as legendas. Quando o interlocutor estiver visível, preste atenção na boca e compare com o texto escrito.

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Não ficção é o canal

Ainda em relação à dica anterior: documentários são uma boa pedida. Geralmente, o entrevistado fca de frente para a câmera, enuncia bem e fala sobre um tema específico, o que facilita a compreensão da fala pelo contexto.

(Adriel Contieri/Superinteressante)

De boa na lagoa

Não tenha medo de pedir que as pessoas na conversa falem um pouco mais devagar. Mesmo os leitores labiais mais experientes muitas vezes não conseguem compreender um diálogo acelerado.

Sem desanimar

É mais fácil ler palavras maiores do que as menores, por isso não deixe a frustração surgir quando um aparentemente simples “não” ou “sim” não forem bem compreendidos. Siga praticando diariamente.

(Adriel Contieri/Superinteressante)
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